Convenções abrem trajetória de candidatos que ainda precisam de registro junto a Justiça Eleitoral
Após semanas de muitas discussões, reuniões a portas fechadas e desencontros, nove chapas foram montadas para dar início a batalha pela sucessão da prefeitura de Macaé, em um processo eleitoral sem empolgação e ainda com o desinteresse da maior parte dos eleitores da cidade.
Seja pela pandemia do Coronavírus, seja pela falta de surpresas nas definições de chapas e de união de partidos, a fase pré-eleitoral de Macaé chega a semana decisiva sem a euforia e expectativas que pautam os pleitos da cidade desde as trincheiras montadas em 2008.
Apesar de alguns tentarem recriar o cenário de “FlaXFlu”, num revanchismo que não envolve diretamente os principais atores das guerras passadas, a definição das chapas não gera o efeito momentâneo de confronto entre os candidatos a prefeito anunciados, mas sim desperta o instinto de sobrevivência entre figurões da política local, que tentam se manter no poder há mais de três décadas.
E apesar da possibilidade de alteração das atas das convenções até o dia 26, pouco será alterado de tudo que foi dito, programado e pensado para defender junto à população um futuro governo que enfrentará os efeitos da pandemia do Coronavírus. Talvez não no aspecto do enfrentamento da Saúde, mas certamente na desolação econômica e no triste cenário do desemprego, da recessão e endividamento.
Até o próximo dia 26, todas as informações das convenções devem ser enviadas pelos partidos ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE), como etapa para garantir o registro oficial de candidatura. A data também marca o início do período da campanha. As eleições ocorrerão no dia 15 de novembro.
Candidaturas anunciadas nas convenções:
Silvinho (DEM) e Marcelo Reid – Merrel (PL): Por amor a Macaé e geração de emprego
Em uma configuração que representa identidade e história com Macaé e o legado mantido pela indústria offshore e a cadeia produtiva de petróleo, Silvinho e Merrel abrem a candidatura pautando o discurso de resgate da Macaé Feliz com a capacidade da união do poder público com a iniciativa privada em gerar emprego e renda para a população.
Riverton Mussi (PT) e Luiz da Penha (PTC): resgate da era Mussi
Após um rompimento com Igor Sardinha (PT), Riverton entrou no páreo gerando a principal “surpresa” no período das convenções em Macaé. Mesmo com dúvidas que ainda pairam sobre a sua elegibilidade, por conta de processos em andamento, o ex-prefeito volta ao cenário político local com uma proposta de resgate ao modelo de gestão que conduziu Macaé entre 2004 a 2012.
Welberth Rezende (Cidadania) e Célio Chapeta (PSDB): continuidade à gestão de Dr. Aluízio e governo “24h”
Com o discurso de continuidade ao legado do atual prefeito Dr. Aluízio, Welberth e Chapeta anunciaram a proposta do “Governo 24h”, que representa o esforço de ambos em trabalhar pela cidade de forma incansável.
Igor Sardinha (PT) e Lívia Sá (PT): chapa puro sangue com identidade de esquerda
Após desentendimento com Riverton Mussi e o PDT, Igor manteve o projeto não mais pautado por um discurso de oposição, e sim com o apelo de projetos sociais e de transferência de renda, aplicados pela prefeitura de Maricá. Igor se manteve como secretário na cidade ao longo dos últimos 4 anos.
Robson Oliveira (PTB) e Renatinha do Vôlei (PSL): dissidentes com discurso populista e apelo virtual
Com vertente de oposição, e tentativas de proximidade com o governo, Robson mantém um projeto pautado na força e efemeridade das redes sociais. Radialista, dissidente do PSDB, encontrou abrigo em um discurso que mescla a direita do PSL com um apelo populista. Já Renatinha é ex-atleta e já ocupou posição no governo municipal, ao ser próxima do ex-secretário Flávio Isquierdo.
A candidatura de Robson conta também com a bênção do deputado federal Felício Laterça (PSL).
Maxwell Vaz (SD) e Ronaldo Mota (SD): transformar Macaé ao vencer a corrupção
Atuante em pautas de superação econômica e de qualidade de vida, Maxwell mantém um projeto dinâmico, pautado pelo diálogo com a sociedade, seja através de ações em redes sociais, seja por conversas e encontros. Dentro do partido, escolheu o subtenente do 9° Grupamento de Bombeiro Militar (GBM) e pastor evangélico, Ronaldo, para ocupar a cadeira de vice.
André Longobardi (Republicanos): Bolsonarista que promete endireitar Macaé
Apesar de ainda não oficializar o nome de vice, o Republicanos deve também manter chapa puro sangue nas eleições em Macaé, contando com a imagem de Bolsonaro em todas as ações e falas durante a campanha.
Ricardo Bichão (PRTB) – candidatura independente com apelo popular
Sabrina Luz (PSTU) – candidata mantém a tradição da esquerda