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MST quer vagas de Medicina “sem vestibular” para assentados

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Seleção seria feita apenas com prova de redação e vivência de 19 dias em assentamento do MST

A Universidade Federal de Pelotas (UFPel), localizada no Rio Grande do Sul, está planejando criar uma turma exclusiva no curso de Medicina para assentados da reforma agrária. Essa medida atende a uma demanda do Movimento Rural dos Trabalhadores Sem Terra (MST), que ganhou força com o retorno do presidente Luiz Inácio Lula da Silva (PT) ao poder. A criação dessa turma especial é parte de uma discussão entre a UFPel, o Instituto Nacional de Colonização e Reforma Agrária (Incra) e o MST, e está embasada no Programa Nacional de Educação na Reforma Agrária (Pronera), criado em 2009 durante o governo Lula.

No edital recente da UFPel para o curso de Medicina Veterinária, é possível observar que o processo de seleção desses estudantes é diferenciado. Os candidatos passam por uma prova de redação e um “período pedagógico avaliativo” de 19 dias em um instituto de educação de um assentamento do MST. Além disso, os candidatos apresentam um “memorial descritivo” que relata sua história de vida, experiências relacionadas à luta pela terra e expectativas de ingresso na universidade. A iniciativa de criar uma turma especial no curso de Medicina gerou críticas de instituições médicas, como o Sindicato Médico do Rio Grande do Sul (Simers), que expressou preocupação com a qualidade da formação técnica dos alunos.

A Reitoria da UFPel defendeu a medida, destacando que ela é uma resposta às preocupações sociais em relação ao acesso a cuidados médicos adequados nas áreas rurais e agrárias. A universidade considera a demanda apresentada pelos movimentos sociais legítima e está trabalhando para concretizá-la.

Por portal Novo Norte