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Morte de petroleiro em Macaé reafirma urgência de uma política de humanização da Petrobrás

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A categoria petroleira está consternada pela morte, na noite do último sábado, do petroleiro Henrique Nogueira Silva, em sua residência, em Macaé. O Sindipetro-NF acompanha o caso desde os primeiros instantes e, em respeito à família e aos impactos coletivos, mantém discrição na divulgação das suas circunstâncias.

A entidade reforça, no entanto, extrema preocupação com as consequências de uma herança agressiva de gestão em diversos setores da Petrobrás, entre eles o que atuava o companheiro.

O sindicato tem informações iniciais de que o trabalhador era de Fortaleza, trabalhava no Rio Grande do Norte e foi transferido compulsoriamente para a Bacia de Campos, lotado na base de Imboassica.

“Apesar do Sindipetro-NF estar organizando os transferidos, não conseguimos chegar em todos e organizar de fato o que a empresa deveria ter organizado, saber quem está sofrendo com essas mudanças”, relata o coordenador geral do Sindipetro-NF, Tezeu Bezerra.

“Ele vinha sendo acompanhado pelo programa de saúde mental da Petrobrás, porém mesmo com todos nossos alertas e pedidos, a empresa não dá celeridade ao home office integral para os casos de problemáticos com a questão de saúde mental. Tem muitos pedidos dos trabalhadores que vieram da Bahia, Rio Grande do Norte, Sergipe e Alagoas, assim como muitos pedidos dos que saíram do Norte Fluminense e foram para outras bases”, adiciona o sindicalista.

Bezerra afirma ainda que o movimento sindical cobra com muita intensidade a humanização das relações na companhia, mas as mudanças não acontecem com a urgência necessária.

O Sindipetro-NF, assim como a FUP e demais sindicatos, reforçam este tema. Localmente esse é um problema grave, inclusive nas áreas da SUB e de Poços — onde atuava Henrique — que infelizmente ainda são comandadas majoritariamente por gestores que usam a lógica da gestão passada.

Outro aspecto lembrado pela entidade é o do comportamento praticamente protocolar da Ouvidoria da empresa. “Atualmente está sem credibilidade e função. Tem que haver mudança radical na gestão da ouvidoria”, denuncia o sindicalista.

O Sindipetro-NF manifesta as suas condolências aos familiares de Henrique, assim como aos seus amigos e colegas de empresa, e seguirá acompanhando as apurações acerca da relação entre saúde mental e trabalho neste caso e em diversos outros — ocorridos com crescente frequência na companhia.

Por SiniPetro NF

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