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Moradores de Rio das Ostras cobram melhorias em bairros do Setor O

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Moradores alegam que a pavimentação das ruas é uma das prioridades. Quando chove, lama e alagamentos causam transtornos à população - Divulgação/ Eu leitor, o repórter

Terra Firme e Marylago aguardam obras de infraestrutura há mais de quatro décadas. Prefeitura diz que algumas ações estão previstas para a região em 2020

Considerada uma das cidades que mais recebem turistas na Região dos Lagos, Rio das Ostras ainda apresenta problemas de infraestrutura. Esse é o caso do bairro Terra Firme e de todo o entorno que compreende como Setor O. Em meio a tantos problemas, os moradores dessa região se dizem esquecidos pelo poder público.

Segundo eles, solicitações que já vêm sendo feitas há anos continuam na lista de reivindicações da população. Entre as prioridades estão o saneamento básico e a pavimentação das ruas.

Um dos moradores entrou em contato com o jornal O DEBATE essa semana em busca de apoio para reforçar o pedido a prefeitura de obras de infraestrutura e urbanização para a região.

“A gente está reivindicando o saneamento e a pavimentação das ruas, que não são calçadas. Quando chove, fica tudo esburacado. Isso não acontece apenas no Terra Firme, mas em todo o Setor O. Tem ruas que chegam alagar quando chovem, o caso da Rua C”, conta Rodrigo.

Ele enviou para a nossa equipe um vídeo da manifestação realizada no último dia 6, que reuniu cerca de 60 pessoas na RJ-106 cobrando melhorias. Nas imagens, uma moradora questiona a prefeitura sobre onde os impostos estariam sendo investidos, uma vez que o bairro não recebe melhorias há cerca de quatro décadas.

“Estamos cansados de buracos. Cadê o nosso imposto? A gente paga R$ 500, R$ 600 de IPTU todo ano e nada. Vamos pagar de novo esse ano. Fizeram alguma coisa aqui? O meu carro não sai da oficina. Prefeito, por favor, olha para Terra Firme, olha para Marylago. São quase 40 anos sem nada”, desabafa.

O presidente da associação de moradores dos dois bairros, Ronaldo Barbosa, relembra que a situação no local é bastante crítica. “Os lotes construídos possuem filtro, fossa e sumidouro. As ruas são de barro batido. Com tempo seco, a poeira toma conta das residências e nós já denunciamos problemas respiratórios em moradores. Já quando chove, as crateras se abrem e a lama toma conta. As ruas que alagam são a Amélia Franco, Alaíde Jorge e a final da Jair Nóbrega. Há 27 anos, desde a emancipação, a prefeitura não realiza serviços de saneamento básico, drenagem e calçamento no Setor O, onde o Terra Firme e Marylago fazem parte”, conta.

Cansada de tanto descaso, a população diz que já planeja outros atos pacíficos em busca de pressionar a prefeitura. “As associações já tentaram pelo diálogo com os três últimos prefeitos. O primeiro foi o Sabino, depois o Carlos Augusto e agora o Marcelino. Agora serão protestos a cada três meses até que as nossas reivindicações sejam atendidas”, avisa o presidente.

O que diz a Prefeitura de Rio das Ostras

A nossa equipe de reportagem entrou em contato com a Prefeitura de Rio das Ostras para saber se existe algum planejamento de obras para a região ou se está previsto no cronograma alguma ação emergencial para amenizar os transtornos.

Em nota, ela informou que o processo para a Avenida Euclides da Cunha já se encontra pronto, aguardando o lançamento da dotação orçamentária.

Depois disso, a prefeitura garante que o município realizará a licitação para as obras de pavimentação, drenagem e previsão de esgoto.

Ela ressalta ainda que a Praça do Terra Firme, na localidade de Terra Firme, e a Praça Zélia Gattai, na Enseada das Gaivotas, já se encontram em processo licitatório.

Apesar das imagens enviadas pelos moradores mostrarem as ruas alagadas e cheias de buracos e lama, a prefeitura enfatiza que as localidades passam, constantemente, pela manutenção preventiva no período de estiagem.

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