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Moradores da Vila Badejo voltam a pedir reforma de área de lazer

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Moradores relatam que medidas paliativas não são o suficiente. Local precisa de reforma geral - Eu leitor, o Repórter

Praça do bairro apresenta problemas como brinquedos quebrados, alambrados arrebentados e fiação exposta

Cercada por várias espécies de árvores frutíferas, quem passa pelo lado de fora da Praça da Vila Badejo, na área norte da cidade, não consegue imaginar que aquele pequeno espaço tranquilo esconde inúmeros problemas. Mas para os frequentadores, a lista de reivindicações é longa.

Nos últimos anos foram inúmeras visitas do jornal O DEBATE ao local. A mais recente aconteceu em outubro. Sem respostas do poder público, e tampouco esperança de que o local seja revitalizado até o final do ano, os moradores procuraram a nossa equipe de reportagem mais uma vez essa semana para reclamar da situação da única opção de lazer do bairro e entorno.

Eles lamentam que em quase uma década, várias promessas de melhorias foram feitas, mas na prática, nada foi feito. Muda a gestão, só não muda uma coisa: a realidade deles.

Os problemas não são poucos. A começar pelo parquinho. Esse é um dos poucos na cidade que ainda possuem brinquedos de fibra. Mas brincar ali é um risco que poucos pais correm com os seus filhos. Isso porque está tudo quebrado, devido ao vandalismo e a falta de manutenção.

O presidente da associação de moradores, Araken Correia Sabino, conta que antigamente ele fechava o local com cadeado na parte da noite, porém, devido a reclamações, acabou suspendendo a medida. O resultado não poderia ser outro: a depredação do patrimônio público. Alguns brinquedos, como o cavalinho do carrossel, foram roubados.

“Quando eu estava conservando, os moradores não deram valor. Eu abria e fechava o parquinho, tudo direitinho. Hoje os brinquedos estão todos quebrados, arrebentados. As crianças querem brincar e não podem, porque correm o risco de se machucarem”, diz. “Está tudo abandonado. A prefeitura não está nem aí para nós. A nossa área de lazer se encontra destruída”, desabafa.

A única coisa que ainda reúne os frequentadores é o campinho. E mesmo assim a diversão muitas vezes acaba em problemas de saúde. Devido a contaminação, muitos já relataram problemas de pele. Como o local não é cercado, animais de rua entram no local, onde fazem as suas necessidades na areia. Diante disso, um pedido que Araken vem reforçando não é de hoje, é a substituição por um pavimento de cimento ou grama sintética.

E ali também há outros problemas. O alambrado, sem manutenção, acabou cedendo e ficando mais de um ano escorado em uma árvore. Diante dos riscos de tombar e acertar alguém, ele foi retirado e um outro até hoje não foi colocado.

Também há solicitações de troca dos refletores e também da caixa de luz da praça, que continua exposta, correndo o risco de uma criança ou adolescente mexer e ser eletrocutado.

“É muita covardia o que fazem com a gente. O que tem que ser feito não se faz, que é a reforma da praça. É muito triste ver isso. O morador muitas vezes me critica, porque eu cuido. Estou desde 1997 cuidando do bairro. Sou o morador mais antigo daqui. Nós plantamos algumas árvores, mas infelizmente a prefeitura abandonou a Vila Badejo”, lamenta Araken. “Para não dizer que não fizeram nada, pelo menos a limpeza e capina são feitas. Mas só isso não basta”, completa.

A nossa equipe de reportagem entrou em contato mais uma vez com a prefeitura, no entanto, até o encerramento desta edição a secretaria de Comunicação não havia se pronunciado sobre o caso. O jornal deixa o espaço aberto para caso o poder público queira se pronunciar sobre as denúncias apresentadas pelos moradores.

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