A esperança renasce na cidade. E nesta semana, Macaé reduz a taxa de letalidade e inicia transição para faixa amarela
Macaé começa a enxergar uma luz no final do túnel. Após quase 150 dias de avanço no contágio pelo novo coronavírus, o município olha com um certo alívio os números do covidímetro, que marca o inicia no processo de redução do mal. A esperança renasce na cidade.
E nesta semana, Macaé reduz a taxa e inicia transição para faixa amarela. Nesta sexta-feira (31), o boletim oficial da Prefeitura informou que o Centro de Triagem do Paciente com Coronavírus de Macaé realizou, durante as 24 horas do dia 30 de julho, 86 atendimentos. O município atingiu 5.980 casos de coronavírus confirmados, sendo 5.586 pacientes recuperados e mais dois óbitos: mulheres, 50 e 56 anos, ambas portadoras de diabetes e hipertensão arterial. Assim, a cidade contabiliza 113 óbitos por Covid-19.
O melhor foi que as taxas do município, nesta sexta-feira (31), são de 43,2% de ocupação de leitos terapia intensiva SUS Covid-19; 1,07 de de reprodução do vírus ; e 1,9% letalidade.
O que se conclui que a taxa de casos recuperados em Macaé tem se mantido acima dos 90%. Foram testadas até 30 de julho, quase 21 mil pessoas, sendo 5.586 reagentes. Neste momento, Macaé encontra-se na faixa amarela de classificação de grau de contaminação. Isso demonstra que o risco, neste momento é moderado, considerando ainda a existência de outras três outras faixas: verde (risco baixo); laranja (risco alto) e vermelha (risco muito alto).
De acordo com o médico Dr. Joel Tavares Passos, especialista em CTI pela Associação de Medicina Intensiva Brasileira e Presidente da Sociedade de Medicina Intensiva do Estado do Rio de Janeiro (Sotiej), a situação atual de Macaé requer ainda bom senso. “Isso significa que o número de pessoas com capacidade para contagiar as outras dentro da população está chegando num nível razoável, de equilíbrio. E essa tendência, pelo menos nos hospitais, nós estamos vendo que estamos num plator. Quer dizer, aquela fase de crescimento terminou, mas também não decaiu muito em relação à internação. Nós estamos na fase que chamamos de plator e o número está se mantendo”, declarou o médico, acrescentando que essa ocupação de 45% dos leitos de UTI é bem razoável e transmite uma segurança como também razoável no hospital privado, já que está numa faixa entre 50% e 55%.
“Isso nos dá uma certa confiança para ir abrindo gradativamente o comércio, avaliando em 10 e 12 dias desde a reabertura, que é o tempo que costuma aumentar o contágio depois de uma abertura. “Se abrir e esse número se mantiver significa que o sistema de saúde para a recepção dos doentes continua seguro, e assim vai procedendo, exatamente para evitar o colapso do sistema de saúde, seja público ou privado”, frisou Dr. Joel.
O médico explica ainda que quando se consegue alcançar níveis de 70% de ocupação, isso gera uma certa insegurança porque se pode ter uma hora o que aconteceu na Itália, Inglaterra e em alguns estados brasileiros, onde o número acaba atingindo um número maior que a capacidade do hospital para atender, o que se chama de colapso. “Mas acho que a prefeitura de Macaé agiu de maneira correta desde o início, mantendo equilibrado o sistema desde o início e aqui não se ouviu falar em falta de leitos, correria, desatendimento ou falta de abastecimento, sob o ponto de vista não só de EPIS, mas também de medicações. Estamos atravessando de forma satisfatória essa pandemia no nosso município, tanto no privado quanto no público”, concluiu.