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Invasão nas redes

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Como vivemos em Macaé e, antes da Petrobras aportar por aqui, o pescado era uma das principais fontes de renda, e para isso se tornava necessário utilizar redes para pescar, com o município se tornando Capital Nacional do Petróleo, e o avanço da tecnologia mudando o mundo, agora as redes sociais nas diversas plataformas da internet acabaram virando o xodó daqueles que pretendem “imitar” Bolsonaro e ganhar notoriedade para se tornar conhecido nesse mundo de quase 250 mil habitantes dos quais pouco mais de 150 mil eleitores.

Mas a razão disso tudo e a desenfreada correria para ver quem bate mais em quem, são denúncias e mais denúncias que tomam conta dos espaços nos aplicativos do WathsApp, do Faceboock, do Telegram, do Instagram, e tantos outros ou até de todos, para cercar o eleitor por todos os lados. Mas só que, assim como o mundo mudou com a internet, também os desafetos que utilizam a internet para dizer o que querem dizer e “ouvir” o que não gostariam de ouvir, começou a incomodar e muito as autoridades que também são “vigiadas” diuturnamente pela população que consegue nos vários canais, pressionar, exigir, brigar, reivindicar, denunciar, enfim, praticar uma série de atos nos quais alguns estão inseridos na legislação criminal que também vai ganhando novos contornos e sendo atualizadas, como a da Fake News, tornando crime a notícia falsa, podendo levar alguns à prisão, como aconteceu recentemente, o que “apagou o fogo” daqueles que eram destemidamente “heróis” e agora amargam possuir uma ficha de antecedentes criminais. Se alguém pensa que, usar o território livre da internet para “lascar” o adversário, vai pagar criminalmente, e já existem processos na Justiça cobrando provas das acusações. Se não provar, aí a coisa vai ficar feia. Portando, cuidado com a rede…

Candidatos à vista

Se até o início deste ano, quando tudo parecia normal e a população pôde usufruir de momentos alegres em tempo de férias e Carnaval, com a chegada da quarta-feira de cinzas, realmente o horizonte ficou escuro para muitos que pretendiam sair pelas ruas fazendo pré-campanha para ser candidato a vereador ou a prefeito. Mas assim como as regras eleitorais mudaram com a minirreforma em 2018, também as regras atuais para o combate ao coronavirus fizeram mudar o modo daqueles que sonham em ser vereador, ou ser sucessor de Dr. Aluízio na prefeitura.

Como fazer aglomerações não é a maneira mais adequada para se tornar conhecido, e sendo obrigado a usar máscaras para evitar a transmissão da doença, o jeito foi apelar para a internet. Alguns, amadoristicamente, outros de maneira mais profissional, mas, os candidatos, após ter o Tribunal Superior Eleitoral e o Congresso aprovado as novas regras e adiamento das eleições, os pré-candidatos sabem que agora é para valer e aparecem cada vez com mais frequência em atividades seja através de lives ou de recados aos eleitores. Alguns, munidos de um telefone celular, visitam uma comunidade, gravam, prometem, divulgam suas intenções mas… o leitor atento, também dá o troco pela internet.

Existe até campanha em grupos para que os eleitores não reelejam os atuais detentores de mandatos, para uma renovação total, como quase aconteceu a nível estadual e federal, situação difícil de acontecer. Como são muitos os partidos – existem 35 registrados a nível nacional mas nem todos com representação em Macaé – cada agremiação partidária poderá ter 26 candidatos a vereador. Se 20 deles apresentarem nominata completa, teríamos pelo menos 520 candidatos, dos quais, 30% das vagas destinadas às mulheres. Vai chegar a um tempo em que poderão estar concorrendo dois pretendentes de uma mesma família. Mas, como não teremos mais o “voto Tiririca”, só entra quem conseguir o quociente eleitoral. E já tem gente fazendo contas dia e noite até 15 de novembro.

 

PONTADAS

O deputado estadual Chico Machado, que ultimamente tem aparecido pouco e se tornou conhecido como “Rei do Gado”, carinhosamente chamado assim pelo presidente da Assembleia Legislativa, André Ceciliano, mesmo nas sessões plenárias que são públicas, preside a Comissão Processante contra o governador Wilson Witzel que enfrenta um pedido de impeachment. Para alguns, ele está no meio de um fogo cruzado.

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Alguns adversários que acompanham os vídeos postados por pré-candidatos, parecem não ter gostado muito de uma das postagens do pré-candidato André Longobardi, do Republicanos, agora apoiado por Bolsonaro. Ele afirmou: “Precisou um deputado de fora denunciar o chiqueiro para os porcos aparecerem”. O deputado Fillipe Poubel já ganhou até repúdio da Câmara Municipal, pela forma como se dirigiu aos moradores do Lagomar.

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Foi o vereador Maxwell Vaz, do Solidariedade, que apresentou requerimento aprovado na Câmara Municipal, enviado à Alerj, pedindo que o parlamentar se retratasse. Ao fazer um vídeo-denúncia, ele disse que dos 40 mil moradores do Lagomar, 10% seriam traficantes e criminosos, ou seja, atingiu em cheio cerca de quatro mil pessoas que residem naquela localidade, o que ainda pode dar pano para manga.

 

Até domingo

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