Todos os funcionários da indústria da Foxconn, empresa responsável por 70% da produção dos iPhones do mundo, em Zhengzhou, na província chinesa de Henan, iniciaram uma revolta e entraram em confronto com a polícia
local.
O movimento surgiu por um descontentamento e frustração com a política C-19 do governo, a escassez de funcionários na empresa e a pressão para produzir. Mas esse não é um efeito apenas da fábrica em Zhengzhou, e sim em todas as fábricas da Foxconn.
No entanto, o complexo da Foxconn em Zhengzhou é o maior de todos, responsável por 50% da produção de iPhones, empregando cerca de 300 mil pessoas.
Os trabalhadores das fábricas vivem nos dormitórios da Foxconn e geralmente comem
dentro do campus, mas à medida que as condições de vida pioraram em meio à onda de casos de C-19, sendo extremamente mal administrada na fábrica, os funcionários começaram a fugir para voltar para casa.
A empresa sofreu uma escassez de mão de obra, o que afetou a produção e aumentou a pressão e o desafio para os trabalhadores atingirem suas metas. Além disso, a empresa contratou cerca de 100 mil novos funcionários com contrato de trabalho discrepante dos funcionários antigos, o que causou mais revolta e gerou um grande confronto.
A polícia disparou gás lacrimogêneo e jatos d’água tentando dispersar o motim, mas também foram vistos espancando funcionários com barras de metal, o que impulsionou ainda mais a revolta e dessa vez até com apoio de moradores locais.
O resultado foi a destruição de cabines de testes, carros de polícia e confronto pesado entre funcionários/moradores e a polícia de Zhengzhou.
Moradores registraram a chegada e o cerco da
SWAT na região do entorno da fábrica.
Até o momento em que publiquei, a revolta ainda está acontecendo.