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Governador do Espirito Santo pode ter Moção de Repúdio da Câmara

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Vereador Maxwell Vaz (SDD)

Ao tentar transformar a concessão dos aeroportos de Vitória e Macaé em briga política, Paulo Hartung vira alvo de repulsa

Acompanhando o desenrolar das ações que estão sendo movidas para manter Macaé no pacote de concessões junto com o aeroporto de Vitória (ES), o vereador Maxwell Vaz (SDD), disse, ontem, que vai requerer à Câmara Municipal, a aprovação de uma Moção de Repúdio ao governador do Estado do Espirito Santo, Paulo Hartung (MDB), que tenta inviabilizar o processo em fase adiantada, retirando o Aeroporto de Macaé da lista elaborada pelo governo federal.

“Não podemos ficar calados, aceitando as provocações de um agente político que já se beneficiou enormemente das obras na capital capixaba, informando que vai recorrer até a Justiça, se seus apelos não forem aceitos pelo governo federal”, disse o vereador.

Uma possível disputa política sobre o caso começou a ser travada durante a audiência pública realizada dia 15 de junho, em Vitória (ES), quando o governador Paulo Hartung, revelou que pretendia retirar o aeroporto de Macaé do pacote de concessões e incluir o de Linhares. Na audiência pública estiveram presentes vários empresários deste município representando algumas instituições e até o ex-superintendente do aeroporto local, Hélio dos Santos. A partir daquele momento, um grupo de empresários decidiu elaborar um manifesto para ser encaminhado ao governador do Estado, Luiz Fernando Pezão, que imediatamente abraçou a causa e conseguiu uma audiência om o presidente Michel Temer para reforçar o pedido de manter o projeto inicial.

Para o presidente da Comissão Municipal da Firjan, Evandro Cunha, a falta de voos regulares para o aeroporto de Macaé se dá exatamente pela falta de investimentos da Infraero, que, apesar de ter elaborado um Plano Diretor, não conseguiu tirar da prancheta a construção prevista de uma nova pista de 1.500 metros com PCN 35, pelo menos, para poder receber aviões de maior porte e até de cargas. A demora na realização da obra, e com a pista atual sem condições de receber aeronaves maiores, a Azul paralisou os voos regulares para Macaé.

“Nenhum empresário ou executivo das dezenas de empresas de petróleo ou outro negócio, vai perder tanto tempo viajando na BR-101, cerca de três horas, no mínimo, para tratar de negócios em Macaé, conhecida como a Capital Nacional do Petróleo e onde estão sediadas as maiores empresas da indústria de petróleo e gás. Enquanto isso, o aeroporto de Vitória foi beneficiado, apesar das obras demorarem, mas não necessita no momento de quase ou nenhum investimento. Acho que chegou a vez de Macaé e temos de lutar com todas as nossas forças para manter o atual aeroporto no plano de concessões”, frisou Evandro.

Outro que também se manifestou foi o empresário José Walmir. “Devemos lembrar que todos os investimentos para a retomada inicial dos voos, mesmo que limitados, já foram ou estão sendo feitos por conta da União. O novo terminal de passageiros está pronto e a reforma da pista para voos de aeronaves transportando até 70 passageiros está em andamento. Isso depende, em tese, de aportes imediatos do concessionário”, disse.

 

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