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Girão pede o cancelamento de questões do Enem por ‘viés tendencioso’

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O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou que vai encaminhar ao Ministério da Educação (MEC) uma solicitação de anulação de questões da prova do E…

O senador Eduardo Girão (Novo-CE) informou que vai encaminhar ao Ministério da Educação (MEC) uma solicitação de anulação de questões da prova do Exame Nacional do Ensino Médio (Enem) de 2023, realizada no último domingo (5). O parlamentar alegou que essas questões carregam um viés ideológico, como em uma referência à primeira mulher trans a participar das Olimpíadas de Tóquio, o que, na opinião dele, é uma apologia ao movimento LGBTQIA+.

Durante seu pronunciamento em Plenário nesta terça-feira (7), Girão destacou, em particular, a questão 89 como prejudicial ao agronegócio. De acordo com o senador, são usados termos depreciativos que depõem contra o setor, que ele aponta como “um dos pilares econômicos do Brasil”. O senador enfatizou que questões tendenciosas e ideológicas devem ser anuladas pelo Ministério da Educação (MEC), com um pedido de desculpas pelo que ele considera um “erro intencional”.

— Em vez de cancelar o Enem, diz que está fora de cogitação, mesmo com essa questão vergonhosa, um acinte ao cidadão de bem. Isso é muito sério porque afeta diretamente quase 4 milhões de estudantes e suas famílias e, indiretamente, toda a nação, que tem um passivo histórico no quesito de educação de qualidade — disse.

O parlamentar relatou ainda que existem graves denúncias de vazamento das provas, o que já está sendo investigado pela Polícia Federal. Girão destacou também a necessidade de melhorar a qualidade da educação no Brasil, citando dados que mostram o “desempenho insatisfatório” dos alunos do país.

— Segundo a última Pnad, divulgada pelo IBGE em 2022, ainda temos 9,6 milhões de brasileiros completamente analfabetos em pleno século XXI. Mas o dado mais chocante vem do último relatório, divulgado em 2018, pelo Indicador de Alfabetismo Funcional (INAF), segundo o qual 29% dos brasileiros com mais de 15 anos, apesar de terem escolaridade, são analfabetos funcionais, ou seja, incapazes de interpretar um texto muito simples — argumentou.

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