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FIRJAN reúne prefeitos em defesa da reforma da Previdência

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Segundo Eduardo Eugênio é preciso lidar com a realidade de que a previdência como está estruturada hojé é insustentável - Foto Renata Mello

O Sistema FIRJAN mobilizou prefeitos, vice-prefeitos e empresários, na última sexta-feira, 15, para debater a importância da reforma da Previdência para o Brasil, estado do Rio e seus municípios. O presidente da Federação, Eduardo Eugenio Gouvêa Vieira, defendeu que os parlamentares brasileiros devem descolar suas preferências políticas e ideológicas e atuar em prol do povo brasileiro, votando, em fevereiro, a favor da reforma.

“É preciso lidar com a realidade de que a previdência como está estruturada hoje é insustentável. Por isso, precisamos trabalhar junto aos prefeitos para conscientizar parlamentares e população sobre a necessidade dessa mudança. Nós somos sócios na recuperação do Rio e também do Brasil”, afirmou.

O encontro marcou os 20 anos em que a FIRJAN lançou o movimento Reformas Já – em que a Federação já defendia a reforma da Previdência -, o que demonstra não ser mais possível adiar o enfrentamento desse problema: “Como protagonistas nesse assunto, temos como objetivo mostrar à sociedade o quão dramática é a situação do déficit previdenciário. É preciso entender que isso afeta temas como saúde e segurança pública. Contamos com os prefeitos aqui presentes para nos ajudarem nessa conscientização”.

Na visão do deputado federal Julio Lopes, esse movimento organizado pela FIRJAN pode fazer a diferença. “Não dá mais para empurrar esse problema. Por isso, estou me comprometendo em conscientizar meus colegas na Câmara para avançar com essa reforma”, alertou.

Mitos da Previdência

O economista-chefe da FIRJAN, Guilherme Mercês, apresentou dados que ajudam a desmitificar alguns pontos sobre a Previdência Social, a exemplo do mito de que ela é superavitária. Segundo ele, isso ocorre porque alguns contemplam apenas as despesas previdenciárias comparadas à receita total da Seguridade Social, quando, na verdade, é preciso compará-las apenas com as receitas da previdência.

“Além disso, há o mito de que a idade mínima prejudica os pobres, só que o trabalhador urbano de baixa renda não consegue contribuir por 35 anos. Portanto, já se aposenta por idade no sistema atual. Os que se aposentam cedo são os trabalhadores do setor público e os de maior renda do privado, que têm empregos formais, estáveis e tempo de contribuição antes de completar a idade mínima”, elucidou.

Mercês detalhou ainda a situação econômica do país e do estado do Rio, assim como as perspectivas para 2018. Para ele, em um cenário otimista, com a reforma da previdência produzindo efeitos ainda no ano que vem, é possível esperar crescimento de 4% no PIB nacional.

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