Início Notícias Família reencontra militares após naufrágio em Macaé

Família reencontra militares após naufrágio em Macaé

0
1507

Embarcação foi encontrada à deriva às margens da praia e equipe da Defesa Civil resgata eletrodomésticos que estavam dentro do barco - Divulgação PM 

Casal e um filho de quatro anos saíram do Mercado de Peixes em uma embarcação com destino a Marataízes, no Espírito Santo. Os três viveram momento de terror por mais de 12 horas e se perderam na Restinga de Jurubatiba

 

O reencontro da família com os Policiais Militares e Guarda Ambiental que fizeram o seu resgate foi marcado por muita emoção, na manhã de segunda-feira (1°), no 32° Batalhão de Polícia Militar de Macaé. O encontro foi de agradecimento após tensão vivida pelo casal e um filho de quatro anos que passaram por maus momentos na madrugada do último domingo (31).

De acordo com a Polícia Militar, os três que navegavam em uma pequena embarcação com destino ao Espírito Santo, ficaram à deriva no mar, quando a hélice do barco apresentou problema e a viagem foi interrompida em alto mar, entre o Lagomar e a divisa do município de Carapebus.

A dona de casa, Camile Paixão, conta que foi momentos de desespero, porém ela confiava que Deus poderia livrar a família do naufrágio. “Tenho que agradecer somente a Deus pelo livramento e pela força que Ele nos deu para conseguir nadar 30 quilômetros até a areia. Porém, o momento foi de tensão quando ficamos perdidos no Parque Nacional de Restinga de Jurubatiba”, contou, chorando.

Foi Camile que conseguiu o contato com a Polícia Militar através do telefone 190, dentro da restinga. Segundo ela, os três ficaram perdido e tentaram várias vezes o contato com a PM, porém a ligação era destinada à corporação de Campos dos Goytacazes. Foi mais à frente que a dona de casa tentou novamente contato no celular, com a bateria quase no fim e conseguiu falar com o cabo L. Santana. A missão resgate começou na sala de operações da PM. Do outro lado, Camile pedia ajuda e entrou em desespero.

As coordenadas começaram a ser feitas por volta das duas horas da manhã. Os policiais enviaram a equipe do Grupamento de Ações Táticas (GAT ) até o Parque Nacional, no bairro Lagomar, uma área de mais de 14 mil hectares.

O cabo L. Santana tentou acalmá-la e passou as orientações afirmando que os agentes estariam indo ao local e quando estivessem se aproximando era para soltar o sinalizador, porém, dos três, somente um estava intacto e outros dois estavam molhados.

Foi então que os policiais iniciaram as buscas dentro da mata, mas se deparam com a escuridão, a falta de referência, um solo arenoso e um local de difícil acesso. Dificuldades que não impediram a equipe da Polícia Militar e da Guarda Ambiental de realizar o resgate. Assim, por volta das seis horas da manhã de domingo a família foi resgatada.

A criança de quatro anos que estava na embarcação com os pais foi resgatada com hipotermia e levada para o Hospital de Carapebus. A mãe explicou como foram os momentos de preocupação com a vida do filho.

“Eu queria morrer na hora porque a gente não achava o meu filho. Depois que a gente conseguiu resgatar ele, a gente precisou fazer um buraco na areia e enterrar para poder tentar aquecê-lo, porque ele já estava com hipotermia, e eu não podia fazer nada”, disse, chorando, Camile.

O barco foi encontrado às margens da praia e na embarcação foi encontrado até uma geladeira. Passado o susto, fica a sensação de renascimento. No reencontro, as lágrimas de alegria rolaram e a pequeno Cauã ganhou até um brinquedo dos policiais como lembrança da missão.

No fim da manhã de segunda-feira (1°), o casal e a criança voltaram para a cidade de origem, no carro da Policia Militar.

SEM COMENTÁRIOS