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“Faltam nomes na lista de detentos”, afirmam advogados voluntários que estão auxiliando manifestantes presos

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Defensores buscam identificar inocentes à tomada do Congresso Nacional no último domingo, dia 08

Advogados voluntários e defensores públicos conseguem a liberação de cerca de 600 presos nesta madrugada, entre idosos e crianças que foram detidos no evento do último domingo (08/01) em Brasília. Representantes políticos, entidades de classe e detidos relatam a presença de células treinadas de pessoas infiltradas no manifesto a fim de propagar a depredação pública.

“A liberação aconteceu após rumores de óbitos e partir de muitos relatos de degradação ao ser humano e a idosos”, diz o advogado Cláudio Luís Caivano. De acordo com ele, homens e mulheres abaixo de 60 anos foram levados aos presídios Colmeia e Papuda.

No galpão, entre orações e gritos vazados em vídeos nas redes sociais estão as frases “Liberdade!”, “Retirem ao menos as crianças”, “Salvem minha mãe”

Dona Leonilda, uma das prisioneiras, informa: “Fomos obrigados a assinar uma nota de culpa por preparação e terrorismo. Tenho 74 anos, eu nunca passei por isso na minha vida”.

Choros estridentes, gritos com rouquidão de detentos exaustos de clamar por socorro, com fome, sede e cansaço físico e mental. “Não temos dinheiro, aparecem pessoas aqui dizendo que são advogados, cobrando 500, 1000, 2000 reais, mas não sabemos mais em quem confiar. Estamos com medo”, comenta Júlia.

O Senador Marcos do Val denuncia a situação crítica dos retidos, contudo, ameniza em visita no local quanto à situação de saúde e morte dos presos. “Algumas pessoas passaram mal, mas foram muito bem atendidas e segundo os socorristas não houve óbitos”, alega.

Em outra apuração, vídeos de manifestantes presos e advogados atuantes confirmam a tentativa de um suicídio dentro da academia da Polícia Federal e a morte de pelo menos quatro pessoas vítimas de mal-estar agravado pela ocasião. A imprensa norte-americana denuncia campo de concentração do PT e quebra do Tratado de Genebra, que trata, entre outros, de ataques contra civis e tortura a prisioneiros e reféns.

Além dos advogados voluntários e defensores públicos, a Ordem dos Advogados Conservadores do Brasil movimenta ação coletiva na defesa aos prisioneiros que não tenham cometido atos de vandalismo. 

A advogada voluntária Eliane Brandão observa que acusados estavam em manifesto nas dependências do Quartel General do Exército de Brasília, não havendo provas de flagrante aos crimes denunciados. Até ás 16h do dia 11 de janeiro, observa ela, cinco ônibus com pessoas já haviam chegado direto para os presídios, sem passarem por audiência de custódia. “Não há estrutura adequada nem suficiente para realização dos atendimentos, o que pode legitimar um possível abuso das autoridades brasileiras”, relata. 

Ainda nos relatos de testemunhas, há citação de um idoso que faleceu dentro do ônibus por infarto, após permanência em ambiente fechado e não arejado. Sob o sol quente, teria sido retirado após 1h do seu óbito sem socorro médico. Entre as informações a serem oficialmente apuradas, de acordo com os advogados voluntários, faltam nomes na lista de detentos, os quais estão sendo procurados por famílias com o receio de estarem vulneráveis e sem suporte advocatício. 

São divulgadas oficialmente a retenção de 1200 a 1500 pessoas acusadas de depredação o Congresso Nacional. Em paralelo, há relatos de prisioneiros, advogados e figuras públicas de que as prisões variam entre três a cinco mil pessoas.

Por Portal Novo Norte

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