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Estudantes fazem vaquinha para participar de competição nos EUA

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O macaense Henrique Ferreira Júnior, que estuda na UFRJ Rio, é o responsável pela área de software da equipe

Entre os alunos está o macaense Henrique Ferreira Júnior. Equipe precisa arrecadar valor até o dia 28

Após desenvolverem um robô submarino com tecnologia de ponta (autonomous underwater vehicle-AUV), um grupo de estudantes do curso de engenharia (Naval e Oceânica, Elétrica e de Automação) da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) corre contra o tempo para conseguir o valor suficiente para participar da RoboSub, competição internacional promovida pela RoboNation, organização sem fins lucrativos.

O evento, que reunirá estudantes de instituições de todo o mundo, acontecerá entre os dias 30 de julho e 5 de agosto em San Diego, na Califórnia (EUA). Na equipe da UFRJ, está o macaense Henrique Ferreira Júnior, que espera contar com o apoio de familiares, amigos e pessoas da cidade para conseguir arrecadar o dinheiro.

“Somos a primeira e única equipe da América Latina a participar. Nosso projeto consiste em desenvolver um AUV capaz de ver e ouvir para agir da maneira correta. Sou o responsável pela área de software da equipe, participo do desenvolvimento de todos os códigos que vão no nosso robô. Nós o estamos finalizando, porém ir para os EUA e competir é muito caro”, explica o estudante.

Para isso, foi criado um financiamento coletivo através de uma “vaquinha” online. Dos 55 membros, apenas 13 deles irão viajar para os Estados Unidos com a missão de representar, não só a instituição, como o Brasil.

A meta é conseguir arrecadar o valor de R$ 36 mil até o próximo dia 28. “Precisamos muito bater a meta para competir e receber a quantia. Se isso não acontecer, o dinheiro é devolvido aos contribuintes”, ressalta Henrique.

Até o momento eles conseguiram, por meio de doações, a quantia de R$ 29.519,00 (82% da meta). O valor será usado para a compra das passagens, hospedagem, alimentação e o transporte do robô para o local do evento. Quem quiser contribuir, basta acessar o link: https://benfeitoria.com/ufrjnautilus.

Através do próprio esforço, um grupo de estudantes apaixonados por robótica e inovação se uniu em 2016, onde criaram a equipe UFRJ Nautilus. Após muito trabalho, o AUV se tornou uma realidade e eles participaram, naquele ano, da competição, sendo a primeira equipe da América Latina a marcar presença.

No ano seguinte, o grupo resolveu que era preciso se reciclar diante das novas provas. Como isso iria demandar maior dedicação e tempo para reformatação do robô, foi necessário aumentar o número de membros na equipe. Com isso, a UFRJ Nautilus ampliou o time para 30 novas pessoas, que se reuniram em duas salas do Centro de Tecnologia da universidade, no Rio de Janeiro.

Confiantes, eles esperam conseguir estar na edição de 2018 em busca de uma colocação melhor. Sem condições de levar todos os membros, eles se uniram na busca de conseguir o dinheiro para levar o mínimo de representantes.

“Queremos, não somente representar a nossa universidade e nossa cidade, mas principalmente, o nosso Brasil e mostrar que possuímos qualidade para competir com as grandes equipes espalhadas pelo mundo, que viemos para vencer. Fazer com que o nosso país esteja bem representado na competição e garantir o desenvolvimento da tecnologia e inovação brasileira é o nosso grande motor”, diz o grupo na sua página oficial.

A RoboSub tem como objetivo buscar aumentar a visibilidade da comunidade robótica e despertar o interesse na área, além de ser uma oportunidade de fazer networking com investidores de todo o mundo.

Sobre o robô

O AUV é um robô submarino, que se movimenta embaixo d’água sem necessitar de controle humano. Ele é programado para ser capaz de executar missões de forma completamente autônoma, sem tomada elétrica, hidráulica, de controle ou qualquer outra vinda da superfície.

Nesse sentido, os AUVs surgem como solução para atividades industriais e de pesquisa, sendo capazes de coletar e armazenar enorme volume de dados, investigar áreas inóspitas ou de alto risco ao ser humano e percorrer maritimamente longas distâncias.

“Os AUV’s poderiam ser amplamente utilizados no setor Offshore, por isso, Macaé deveria abraçar esse projeto. Para esse ano, esperamos conseguir ir para as finais da competição, o que colocaria nosso time como um dos melhores do mundo”, enfatiza Henrique.

Na competição, algumas das provas exigem que o projeto desenvolvido consiga realizar missões de reconhecimento, movimentação e interação em ambiente subaquático.

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