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Estado do Rio dá os primeiros passos para universalização do saneamento básico

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Águas do Rio investe mais de R$ 831 milhões em obras para melhorar o abastecimento de água e o esgotamento sanitário em 27 municípios

Foram 160 quilômetros de novas redes de água, o equivalente a mais de três Avenidas Brasil de novas tubulações, dos quais 60% na Baixada Fluminense; 250 mil fluminenses com água encanada de qualidade em casa pela primeira vez; 150 mil serviços de saneamento básico em comunidades e  90 mil famílias incluídas na tarifa social; além da modernização de equipamentos e automação das unidades nos 27 municípios em que está presente. Ufa! A lista de medidas impactantes da Águas do Rio, em seus primeiros doze meses de atuação, poderia parar por aí. Mas não para. No total, a concessionária investiu mais de R$ 831 milhões para beneficiar 3,3 milhões de pessoas com melhorias no abastecimento de água e quase 2 milhões com melhorias nos sistemas de esgoto.

Por todo o Estado do Rio, é possível ver – e desfrutar – dos resultados do primeiro ano de trabalho da Águas do Rio. Na capital, a limpeza do Interceptor Oceânico — principal eixo de coleta de esgoto na Zona Sul do Rio — teve, como destaque, a “faxina” inédita dos nove quilômetros, que vão da Glória a Copacabana.

O trabalho que está na fase final, retirou  cerca de duas mil toneladas de dejetos. Até vaso sanitários e patinetes foram retirados do canal. No mesmo bairro, a reforma da estação de bombeamento de esgoto Parafuso acabou com o mau cheiro na “Princesinha do Mar”. Detalhe: as estações de esgoto do entorno da Lagoa Rodrigo de Freitas e de São Conrado também foram reformadas.

O professor de natação Pedro Moreira, de 24 anos, lembra que, nos últimos anos, o mau cheiro no Posto  5, em Copacabana, atrapalhava e muito os atletas que treinam por ali, em especial os que como ele, disputam o Rei e Rainha do Mar — competição que conta com o apoio da Águas do Rio. Agora, a situação mudou. “Passar pelo Posto 5 era igual a fazer apneia. O cheiro ruim exalava forte. O jeito era tapar o nariz e passar rápido, o mais rápido possível. Melhorou demais”, atesta o nadador.

Essas melhorias são possíveis graças a um combinado de tecnologia, apoio de líderes de bairros e parceria com órgãos fiscalizadores, como o INEA, que permitem à  concessionária intensificar o combate ao despejo irregular de esgoto nas galerias pluviais. Os resultados? Após 13 anos de interdição, a Praia de Botafogo voltou a ser considerada própria para banho e o ecossistema da Lagoa Rodrigo de Freitas mostra claros sinais de recuperação, com o retorno da fauna: aves, caranguejos e capivaras voltaram a aparecer por ali.

Outro marco desse primeiro ano é a reforma da Estação de Tratamento de esgoto (ETE) Alegria, responsável por tratar o esgoto sanitário da Zona Norte e do Centro da capital. As obras incluem, entre outras melhorias, a reativação de decantadores e a substituição e modernização de estruturas deterioradas

Os moradores da Baixada Fluminense também  foram beneficiados com melhorias no sistema de distribuição de água. A ativação de reservatórios, como os de Cabuçu Alto e Baixo, em Nova Iguaçu, garantiu o fornecimento para cem mil pessoas. Na avaliação da aposentada Maria Francisca dos Santos, de 76 anos, moradora da cidade, ter água tratada saindo da torneira é a realização de um sonho.

A água aqui sempre foi um tormento. Eu já tinha cogitado mudar de casa e ir para outro bairro. Todo dia era preciso acordar de madrugada para encher os baldes. Gastamos dinheiro instalando bomba e, nem assim, resolveu. A conta chegava, mas a água mesmo, quando vinha, só gotejava. O dinheiro que a gente gastava era absurdo”, lembra ela.

Em Magé, a concessionária botou mãos à obra, concluiu e entregou a primeira estação de tratamento de água do município, com capacidade para tratar 330 litros de água por segundo. O reservatório, que pode armazenar cinco milhões de litros, beneficia cerca de 124 mil pessoas. Vale lembrar que a construção da estação ficou parada por 13 anos e só foi à frente com a chegada da Águas do Rio.

Já em São Gonçalo e no interior do Estado, a recuperação de estruturas e outros serviços – como a troca de tubulações e a implantação de bombas mais modernas – garante um fornecimento de água mais eficiente para quase 700 mil pessoas. Em Maricá, quem vive nos distritos de Itaipuaçu e Inoã sentiu a diferença na torneira: a Águas do Rio interligou duas adutoras e colocou mais água no sistema: um volume equivalente a 29 piscinas olímpicas por mês.

Os moradores são só elogios. Clóvis Muniz, que vive em Itaipuaçu há 25 anos, conta que, há muito tempo, esperava pelo dia em que teria água em casa. “Estou muito feliz.”, diz ele. Outra moradora, Mary Ellen de Oliveira, comemorou ver, pela primeira vez, a água entrando em sua casa pela rede púbica. “Que maravilha! Vai ser muito melhor para a gente usar água limpa para lavar roupa, tomar banho”, afirma a moça.

E vem mais coisa boa por aí.

A empresa acaba de assinar três contratos importantes para o saneamento básico no Estado. Dois acordos, com a Petrobras, estabelecem que as operações industriais das refinarias Duque de Caxias (REDUC) e no Polo GASLUB, em Itaboraí, sejam abastecidas com água de reuso. Com isso, mais de 79 milhões de litros de água por dia, hoje retirados dos sistemas do Guandu e Saracuruna para atender às refinarias, serão destinados à Região Metropolitana do Rio. Em outra frente, o BNDES liberou linhas de crédito de até R$ 19,3 bilhões, que serão usadas para atingir as metas de universalização impostas pelo Marco Legal do Saneamento e pelo contrato de concessão.

Encerramos 2022 celebrando este contrato de financiamento, que garante a implementação do nosso projeto de transformação social por meio do saneamento. Nele está levar água para os mais vulneráveis e coletar e tratar o esgoto nas cidades onde atuamos além de produzir impactos ambientais positivos, como os já percebidos na Lagoa Rodrigo de Freitas, com águas límpidas e o retorno de animais que há anos não frequentavam aquele ecossistema. E temos certeza de que isto se repetirá na Baía da Guanabara”, afirma o presidente da Águas do Rio, 

Alexandre Bianchini.

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