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Era Golpe Não Amor: mulheres estão mais atentas a golpes financeiros em relacionamentos por apps

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Pesquisa comparativa avalia uso de aplicativos de relacionamento e como está a atenção das mulheres sobre estelionato sentimental

Ano passado, a iniciativa Era Golpe, Não Amor foi lançada em parceria com a Hibou – empresa de pesquisa e insights de mercado e consumo, com a Associação Brasileira de EMDR – oferece terapia gratuita a vítimas de golpes sentimentais, e com o Ministério Público de São Paulo – suporte com esclarecimentos jurídicos e apoio gratuito por meio do NAVV – Núcleo de Atendimento à Vítimas de Violência.

Após o tema de Estelionato Sentimental ter vindo à tona com força no Brasil, a Hibou realizou um novo estudo para avaliar como está o comportamento das mulheres em aplicativos de relacionamento. A pesquisa recente foi feita com 2036 mulheres de todo o país.

“Apesar de leve aumento da visibilidade e de cuidados na hora de se relacionar, ainda há muito desconhecimento sobre o Estelionato Sentimental como uma prática criminosa que deve ser denunciada. Este é um alerta importante para que as mulheres não caiam em uma cilada financeira emocional enquanto buscam pelo crush perfeito”, afirma Ligia Mello, coordenadora da pesquisa e sócia da Hibou.

Em comparação com 2022, mais mulheres passaram a usar os apps de relacionamento. Se no ano passado, 24% delas usavam, este ano são 32%. No Top 5 de apps mais usados estão: Tinder (67%); Badoo (31%); Par Perfeito (26%); Happn (21%) e Facebook namoro (18%).

Primeiro date

Houve uma leve queda na busca por contato efetivo após a interação virtual de 82% em 2022, para 79%. E para os encontros presenciais, medidas de segurança aumentaram como: ativação da localização, feita por 45% (aumento de 2%); ter um amigo por perto vigiando de longe; mais cautela para 19% (crescimento de 4%); e ter consigo acessórios de segurança na bolsa foi aderido por 16% (aumento de 8%). Outras medidas citadas de maneira relevante: encontro em locais públicos (62%), buscar outras informações da pessoa em outras redes (36%) e realizar vídeo chamada antes (29%).

“E ainda são 22% das mulheres que afirmaram não tomar nenhuma medida de segurança, observa Lígia Melo. “Isso mostra aumento da confiança na percepção de golpes”.

O golpe tá on

A exposição das mulheres a casos de golpes financeiros em relacionamentos por aplicativos continua semelhante a de 2022. No apanhado geral, 4 em cada 10 mulheres afirmaram ter tido contato com alguma dessas situações, seja com elas mesmas ou uma pessoa próxima.

Além dessas, 11% perceberam na hora que estavam sendo abordadas por um golpista, um aumento de 2% em relação ao ano anterior.

Com isso, os mecanismos de golpe sofreram mudanças, o que é um reflexo de golpistas mais atentos ao conhecimento das mulheres sobre como eles agem. Os pedidos de dinheiro emprestado caíram 5%, enquanto pedir para pagar alguma conta aumentou 11%. A invenção da história de vida aumentou 7%. “Os métodos de golpe que mudaram no último ano têm a ver com a capacidade de convencimento de um público mais atento. É diferente pedir para pagar uma conta do que pedir o dinheiro em si”, afirma Ligia.

Prejuízo financeiro e dor emocional continuam em alta

Das que caem nos golpes, o impacto financeiro cresceu aproximadamente 2%. Quase metade das respondentes (44%) sofreram ou conhecem alguma vítima que teve prejuízo. Dessa parcela, as perdas de 14% ultrapassaram a cifra de R$5 mil. Para 12%, o golpe foi na faixa de R$500 a R$1000; 8%, de R$1000 a R$2000; 4%, de R$2000 a R$5000; e 5%, de até R$500 – todos cresceram.

Ao mesmo tempo em que houve aumento em 4% das vítimas que afirmam terem entrado em depressão, a procura por ajuda psicológica cresceu em 2%. E também há mais segurança em seguir na busca pelo amor. Ano passado, 29% desistiu dos apps, e este ano, apenas 17% deixaram os aplicativos de lado.

“Desenvolvemos o hub ‘Era Golpe Não Amor’ a partir da percepção de que as mulheres brasileiras precisavam de suporte contra um golpe pouco falado e para dar notoriedade a essa situação, além de suporte e apoio às vítimas. Os dados deste ano ainda são preocupantes, mas nos dão a certeza de que informar e acolher é o caminho certo”, diz Desiree Hamuche, idealizadora do projeto.

Estelionato
“Art. 171 – Obter, para si ou para outrem, vantagem ilícita, em prejuízo alheio, induzindo ou mantendo alguém em erro, mediante artifício, ardil, ou qualquer outro meio fraudulento”.

Metodologia

A pesquisa “Golpe Amoroso – 2023” é proprietária da Hibou, que conduziu o estudo em Março/2023, com 2036 respondentes por painel digital. O estudo apresenta 2,2% de margem de erro a 95% de intervalo de confiança.

Sobre a Hibou
Hibou é uma empresa especializada em pesquisa e insights de mercado, atuante há mais de 15 anos. A Hibou trabalha o tempo todo com informação e olhares inquietos sempre do ponto de vista do consumidor. A empresa produz conteúdo qualificado utilizando ferramentas proprietárias para aplicação de pesquisas e análises de profissionais com mais de 25 anos de experiência. A Hibou oferece pesquisas qualitativas, quantitativas; exploratórias; de profundidade; de campo; dublê de cliente; desk research; monitoramento de comportamento e insights; presença de marca; expansão de região; expansão de mercado para produtos e serviços; teste de produto e hábitos de consumo.

Era Golpe, Não Amor
“Era Golpe, Não Amor” é um hub de apoio para mulheres vítimas de golpes financeiros em relações amorosas, chamado de Estelionato Sentimental. Lançado em junho de 2022, o projeto conta com parceiros que oferecem informação sobre o crime, apoio e contatos para acesso a suporte jurídico gratuito da NAVV – Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do Ministério Público de São Paulo; atendimento psicológico gratuito de terapia EMDR, abordagem terapêutica recomendada pela Organização Mundial da Saúde para tratamento de estresse pós-traumático; Iniciativa da agência de comunicação FRESH PR, com os parceiros: Associação Brasileira de EMDRHibou Pesquisas e Kickante. Apoio de conteúdo e acessos da NAVV – Núcleo de Atendimento às Vítimas de Violência do MPSP e Phono Filmes.

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