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Elize é detida por documento falso e pode voltar ao presídio

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Elize Matsunaga teria utilizado documento para trabalhar em uma empresa de construção civil em Sorocaba

Em liberdade condicional desde maio do ano passado após ficar dez anos presa pela morte do marido, Elize Matsunaga foi detida e agora é alvo de uma investigação da Polícia Civil por uso de documento falso em Sorocaba, no interior de São Paulo. A informação foi confirmada pelo secretário de Segurança do Estado de São Paulo, Guilherme Derrite, nas redes sociais.

– A Polícia Civil identificou que Elize Matsunaga usava documento falso em Sorocaba. Infelizmente, a reincidência criminal é uma das realidades com as quais nossas polícias se deparam. Ela havia sido solta na progressão de pena, que se demonstra um entrave para segurança pública – escreveu o secretário.

Elize foi detida nesta segunda-feira (27) em Franca, também em São Paulo, onde mora e trabalha como motorista de aplicativo. Ela foi levada para Sorocaba, onde foi ouvida e liberada no mesmo dia. Matsunaga teria usado documentos falsos para conseguir um emprego na cidade, logo após ter a liberdade condicional. Durante o depoimento, ela negou a falsificação.

De acordo com o jornal O Globo, Elize conseguiu um emprego no fim de 2022 em uma empresa de construção civil em Sorocaba e seu trabalho seria acompanhar obras dentro de condomínios de luxo. No entanto, para ter acesso aos locais onde atuaria, ela teve de apresentar um atestado negativo de antecedentes criminais. Como não possuía tal documento, ela apresentou uma falsificação grosseira.

Segundo o promotor Luiz Marcelo Negrini, que acompanha a execução penal dos presos do regime fechado de Tremembé, onde Elize cumpria pena, ela pode voltar para o presídio após o caso de reincidência.

– Prática de crime no curso do aberto dá regressão. Caso ela seja condenada pelo crime novo, essa nova pena será acrescida ao que faltava. Só depois deverá ser fixado pelo juiz o regime adequado – ressaltou o promotor.

Já o advogado de Elize, Luciano Santoro, afirmou ao jornal O Globo que sua cliente foi orientada a não cometer novos crimes e nem violar as regras do regime aberto. De acordo com ele, não foi Matsunaga quem produziu o documento falso.

– O documento é algo grotesco, uma colagem tosca. Não foi ela quem fez e nem chegou a ser usado – completou Santoro.

Por Portal Novo Norte

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