Em uma fase decisiva para o futuro das administrações públicas da região, a nova projeção de crescimento das receitas do petróleo ajudam a retirar do atoleiro cidades que amargaram três anos de recessão, seja por escolhas políticas erradas, seja pela péssima qualidade das gestões públicas.
Enquanto a produção de óleo e gás se mantém estável na Bacia de Campos, com a perspectiva de aumento diante do desenvolvimento dos projetos conduzidos pela Petrobras, mais dinheiro começa a entrar nos caixas das prefeituras através dos royalties. Em se tratando de Macaé, esse aumento significa uma verdadeira bolada tributária.
De uma só vez, a Capital Nacional do Petróleo registra excessos de receitas de mais de R$ 23 milhões, o que corresponde a quase uma parcela inteira de royalties, contabilizada no ápice da crise, em 2016.
Sem esperar, em virtude das oscilações do mercado offshore, o governo passa a contar com um dinheiro extra que chega em boa hora, mediante as incontáveis mazelas encaradas por moradores de bairros e comunidades afetados pelo progresso.
Com uma favelização crescente, demanda excessiva por serviços de saneamento, uma dependência maior da população por serviços de Saúde e da Educação, a gestão pública precisa exercitar um novo perfil administrativo, deixando de lado os acordos políticos, para conseguir atender as demandas do município.
E por mais que não se pode confiar na ascensão das receitas do petróleo, a visão de especialistas do setor apontam que Macaé, assim como os demais municípios da região, voltam a ser privilegiados por um novo boom do mercado que ainda vai ser capaz de mudar a realidade econômica, não apenas da cidade, mas do Estado e do país.
E neste novo contexto, a vontade do povo precisa estar em primeiro plano nas definições do que será feito com os excessos dos royalties. Pelo que se percebe, o governo mira em projetos de transferência direta de renda, beneficiando especialmente adolescentes que se preparam para entrar no mercado de trabalho.
Porém, muito mais ainda precisa ser feito para transformar Macaé em uma cidade exemplo de como os repasses do petróleo são suficientes para garantir o respeito e a integridade que todo o macaense espera, de uma cidade próspera, não apenas financeira, mas também em qualidade de vida.