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Desvio de recursos públicos pode chegar quase R$ 5 milhões

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Agentes da Polícia Federal ocuparam a residência da prefeita Christiane Cordeiro e do Ex-prefeito Eduardo Cordeiro. Investigação segue em andamento - Divulgação /PF

Operação da Polícia Federal recolhe documentos preciosos da prefeitura de Carapebus que pode encontrar possíveis fraudes em licitações na área de saúde

Quase R$ 5 milhões de recursos públicos federais poderão ter sido desviados, pela ação de grupos organizados, envolvendo licitações para compra de medicamentos, testes rápidos e na construção do hospital de campanha no município de Carapebus.  A investigação notou indícios de fraudes, pois o governo escolheu as empresas antes mesmo da instauração de processos de licitação.

Além disso, segundo informações da Polícia Federal (PF), as empresas têm sede em endereços residenciais, sem funcionários e bens, e contratação de fornecedor que possui vínculo familiar com servidor lotado na secretaria de Saúde. Ainda de acordo com a PF, endereços de empresas e pessoas físicas estão situados em sete cidades, Carapebus, Duas Barras, Campos dos Goytacazes, São João da Barra, Itaperuna, Macaé, Armação de Búzios e Vitória.

A operação teve início às 6h da manhã, de última terça-feira (9), onde 80 agentes da Polícia Federal se espalharam por várias cidades vizinhas, e boa parte dos militares seguiram em direção a prefeitura de Carapebus, com objetivo recolher todos os documentos que envolve contratação de empresas para construção do Hospital de Campanha na cidade, compra de medicamentos e testes para Covid-19.

No mesmo dia da operação, na parte da tarde, um comboio da Polícia Federal seguiu em direção ao sítio, onde reside a prefeita de Carapebus, Christiane Cordeiro e o ex-prefeito da cidade, Eduardo Cordeiro, – em busca de documentos que comprovam possíveis fraudes -, porém a prefeita não estava no local, apenas o marido Eduardo. A PF ocupou a residência e detalhes não puderam ser divulgados, pois se encontra em investigação.

Todos os mandados foram expedidos pela Vara Federal da Subseção Judiciária de Macaé.

A partir de agora, equipe de investigação vai analisar minuciosamente cada documento para encontrar indícios de fraudes, e caso a fraude seja descoberta, uma nova operação será realizada em breve para cumprir mandado de prisão contra os responsáveis que estão na linha de frente da contratação de empresas e compras de medicamentos de forma fraudulenta.

 


MPF determinou afastamento do ex-prefeito de suas funções públicas

Quase dois meses atrás, o Ministério Público Federal  determinou afastamento do ex-prefeito de Carapebus, Eduardo Nunes Cordeiro de suas funções públicas. Marido da atual prefeita, Christiane Cordeiro (PP), ele foi condenado por ato de improbidade administrativa quando era prefeito do município. Eduardo foi nomeado como agente político na secretaria de Governo este ano.

Pela decisão, a Justiça determinou que a prefeitura afastasse imediatamente Eduardo Cordeiro. No dia 20 de abril deste ano, o MPF determinou que ele teria que pagar o valor de mais de R$ 71 mil reais no prazo de 15 dias.

O ex-prefeito foi condenado em ação de improbidade administrativa proposta pelo (MPF) em caso de desvio de verbas para execução do Programa Morar Melhor – Saneamento Básico. Com o repasse de verbas federais, a gestão municipal realizou as Tomadas de Preço, em que sagrou-se vencedora a empresa Delta Construções, em contrato de  R$ 3 milhões superando em muito o limite estabelecido para modalidade tomada de preços, sendo a modalidade licitatória cabível no caso a concorrência pública. Para burlar a lei houve o fracionamento de despesas, frustrando a licitude dos processos licitatórios, tendo restringindo a participação de possíveis interessados nos certames e possibilitado o direcionamento das contratações sempre em proveito da empresa.

 

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