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Dados apontam redução de crimes, porém clima de insegurança persiste

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Governo Wilson Witzel apresenta ações e resultados da política de segurança no 1º semestre do ano

Confrontos, assassinatos, assaltos a pedestres e roubos a estabelecimentos comerciais, são crimes que fazem parte da rotina dos macaenses

O Instituto de Segurança Pública (ISP) do Rio de Janeiro divulgou dados de criminalidade no primeiro semestre deste ano, e o município de Macaé apresentou redução de crimes nos quesitos de homicídios, assaltos a pedestres e roubo a estabelecimento comercial.

De janeiro a junho deste ano, o número de homicídio chegou a 43, contra 77 no mesmo período do ano passado. O caso de roubos a pedestres também houve redução nos seis primeiros meses de 2019, foram registrados 355 ocorrências contra 398 no ano passado. Crimes contra estabelecimentos comerciais também tiveram queda, segundo dados do ISP, onde foram contabilizados 31 roubos a comércios contra 58 casos no ano de 2018.

Os dados apresentados são da Polícia Militar, onde as vítimas recorrem à Polícia Civil para a realização do Boletim de Ocorrência. Mesmo com a redução e outros tipos de crimes que ficaram estagnados, o macaense se sente refém do medo, já que constantemente a população tem sido alvo de roubo e presencia homicídios e confrontos em comunidades entre traficantes rivais.

Júlio Boldrini é cientista Político e afirma que esses tipos de crime já fazem parte da rotina dos macaenses e que não importa nem a hora nem a região. “As autoridades de segurança pública não podem comemorar com uma pequena porcentagem na redução de crimes apresentada nos primeiros seis meses. Tem muita estrada ainda para percorrer e algo para ser feito”, disse Júlio.

Crimes recorrentes na cidade

Assaltos a pedestres fazem parte diária da estatística, onde boa parte das vítimas é abordada em toda a extensão da Avenida Rui Barbosa e bairros de zona sul da cidade. Quer seja andando de carro ou em transporte público; em área nobre ou em comunidades; na saída da faculdade ou de um lazer, a sensação de medo assusta os moradores do segundo município mais populoso do interior do Estado do Rio, e também a segunda mais violenta, ficando atrás da cidade de Campos dos Goytacazes.

Os comerciantes também são alvos dos criminosos, sejam durante o dia ou à noite. No último domingo (21), por volta das 15, uma loja de roupa masculina, localizada na Rua Teixeira de Gouveia, no Centro, foi mais um estabelecimento que entrou na estatística. A câmera de circuito interno flagrou o criminoso com uma ferramenta na mão forçando abrir a porta do comércio com um ‘pé de cabra’. A tentativa foi frustrada após o alarme disparar.

A fechadura foi danificada e a sensação de medo ainda impera, pois segundo empresários, o número de efetivo da PM não é o suficiente para coibir a criminalidade no município.
Dois meses atrás, uma série de arrombamentos em comércios da área central e no Cavaleiros fez parte do cotidiano dos empresários que clamam até hoje por mais segurança nas redondezas. Do mês de maio até o dia 23 de julho, foram registrados 18 arrombamentos em lojas.

Boa parte das lojas que se tornaram alvo dos criminosos está localizada no bairro Cavaleiros. Bandidos não se inibem com câmeras de circuito interno e externo, e aproveitam a madrugada para praticar o crime, e furtam dinheiros em caixa, aparelhos de TV, e objetos dos estabelecimentos.

Em todas as ocorrências, os comerciantes e funcionários chegaram para trabalhar no início da manhã e encontraram os estabelecimentos totalmente arrombados.  Já na área central de Macaé, de acordo com os lojistas da Avenida Rui Barbosa e das Ruas Silva Jardim e Teixeira de Gouveia, foram feitas várias propostas, desde o aumento da presença da Polícia Militar na região central de Macaé, porém a insegurança ainda é presente, principalmente à noite e madrugada. Os empresários que estão à frente desse ato demonstraram disposição de contribuir com as polícias Militar e Civil e cobraram ações que previnam o crime.
A Polícia Militar diz que o desemprego e as dificuldades socioeconômicas enfrentadas agravam a questão da insegurança.

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