Militar morreu durante uma tentativa de assalto na manhã de domingo (4), na Rodovia BR-101, altura de São Gonçalo
O 2° Tenente do Exército, Ezenilton Mudesto Silva, de 59 anos, que morreu durante uma tentativa de assalto na manhã de domingo (4), na Rodovia BR-101, altura de São Gonçalo, Região Metropolitana do Rio, foi enterrado na segunda-feira (5), no Cemitério do Âncora, em Rio das Ostras, por volta das 16h.
Segundo a Polícia Rodoviária Federal (PRF), o militar de 59 anos estava no carro quando foi abordado por dois homens que estavam em uma moto. Eles fizeram os disparos e fugiram. O carro do policial tem as marcas de tiros na porta e o vidro estilhaçado.
De acordo com informações da Delegacia de Homicídios de Niterói, São Gonçalo e Itaboraí, as diligências estão em andamento para apurar as circunstâncias da morte do tenente do Exército.
Em nota, o Comando Militar do Leste lamentou a morte do militar que estava na reserva.
De acordo com a nota, o militar dirigia pela BR-101, no sentido Manilha, quando foi abordado pela moto na altura do Km 313, no Bairro Guaxindiba, em São Gonçalo.
Segundo amigos da vítima, o tenente estava voltando de Curitiba, depois de participar do encontro anual da turma de 1984 de militares do Exército, quando foi assassinado pelos criminosos.
Nesse trecho da BR-101, uma das principais rotas de quem sai do Rio e de Niterói para as regiões dos Lagos, Norte Fluminense e Serrana, os arrastões são constantes. Motoristas contam que criminosos armados com fuzis aproveitam congestionamentos em feriados e horários de maior fluxo de carros para agir.
De acordo com o chefe substituto da 2ª Delegacia da Polícia Rodoviária Federal (PRF), Robson Simões, os arrastões tendem a aumentar durante feriadões. Para ele, o grande problema da Rodovia Niterói-Manilha é que ela corta diversas comunidades controladas pelo crime organizado, onde equipes policiais têm dificuldade para entrar.
Relatório da PRF revela que, só em setembro, foram roubados dois carros, em média, por dia, na Niterói-Manilha. O documento, que contabiliza os roubos, embora sem especificar se foram causados por arrastões, mostra um crescimento da violência em toda a extensão da BR-101 Norte. De 2016 para 2017, os registros de roubos a veículos passaram de 564 para 891, um aumento de 57,98%. Este ano, até setembro, já foram 906 casos, mais do que o total contabilizado em todo o ano passado.