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Com pouca fiscalização, comunidades de Macaé são portas de entrada para drogas e armas

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Armamentos pesados e drogas entram com facilidade nas comunidades macaenses, já que não existe fiscalização a rigor nas entradas do município - Divulgação/PM

Pistolas e fuzis são as armas mais usadas por traficantes do município, onde criminosos da capital utilizam a BR-101, para chegar até as periferias macaenses

Desde o início deste ano que as comunidades de Macaé vivem em clima de ‘guerra’ por disputa de vendas de drogas. Nos primeiros três meses foram mais de 20 ataques aos morros, favela e bairros, sem contar com ‘derramamentos’ de sangue, que já somam mais de 25 assassinatos, sendo todos ligados ao tráfico.

Quem reside em Macaé sabe que a cidade possui várias entradas e saídas, porém não existe fiscalização por parte de segurança pública e tudo parece ‘correr frouxo’, entregando de bandeja para os traficantes fazerem o que bem entendem.

Traficantes da capital que precisam abastecer as comunidades de Macaé com armamentos pesados e drogas, utilizam a BR-101, que podem optar tanto pela entrada da Rodovia do Petróleo, quanto pela Estrada do Imburo, que dá acesso à Linha Azul, chegando pelos fundos das comunidades Nova Holanda e Nova Malvinas.

Ao passar por essa rota do crime, percebe-se que o policiamento é inexistente, e às margens da Linha Azul estão instaladas diversas comunidades dominadas por facções criminosas, onde bandidos encontram facilidade para transportar fuzis das comunidades cariocas para Macaé.

Nas comunidades das Malvinas, Nova Holanda e Lagomar, áreas consideradas populosas de habitantes, é comum a Polícia Militar apreender constantemente fuzis, modelo AR-15, Colt 762 e Colt M4, armamentos considerados pesados que podem fazer grandes estragos.
Já em outras comunidades são comuns a apreensão de pistolas e revólver calibre 38, sendo usada mais para execução.

Na última semana, traficantes da capital tentaram dominar o tráfico do município, onde seis morreram durante o confronto, todos vieram do Rio para tomar posse da venda de drogas. A PM e o Bope tiveram que realizar operação na Malvinas e apreenderam com muita facilidade três fuzis, 200 munições e granadas.

Em abril do ano passado, a Polícia Federal realizou a ‘Operação Legado’ e fechou o cerco na comunidade Nova Holanda, onde apreenderam um arsenal de seis fuzis, granadas, carregadores de fuzil, 1.652 munições e quase 200 quilos de drogas.

Pescadores encontram corpo boiando no canal Rio-Macaé – Reprodução vídeo

Ainda na Nova Holanda, em setembro do ano passado, a Polícia Militar apreendeu um fuzil, uma submetralhadora, uma pistola e 555 munições dentro de um tonel enterrado no mangue. Em todo o estado do Rio, a Polícia Militar apreendeu 505 fuzis durante o ano de 2019. O número é o maior registrado até hoje. O recorde anterior era de 2017, quando 382 fuzis foram apreendidos. A marca já havia sido atingida em setembro. O número total de armas apreendidas em 2019, segundo a secretaria de Polícia Militar, foi de 8.400 fuzis.

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