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Civil acredita que professora morta tenha sido estrangulada

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Na unidade em que trabalhou por sete anos, o clima era de forte comoção

Segundo polícia, corpo não apresentava sinais de violência e nem envenenamento, uma hipótese de que Carla Pereira Melo tenha sido esganada

Na manhã de quarta-feira (22), o laudo da perícia do Instituto Médico Legal de Macaé não pôde ser divulgado, que segundo profissionais do IML, a determinação foi do próprio delegado de Rio das Ostras para não atrapalhar as investigações.

Em contato com um dos inspetores da 128ª Delegacia de Polícia de Rio das Ostras, ele informou que os dados já foram coletados, porém a investigação ainda está muito ‘precoce’, e que é cedo para falar sobre o assunto. O inspetor disse ainda que existe uma hipótese de que a professora tenha sido estrangulada, e depois colocada já morta dentro do porta-malas do próprio veículo.

Outra suspeita é que três criminosos tenham participado do crime, onde dois homens estavam em outro carro, e o assassino estava no veículo da vítima.

A sala de aula vazia, em plena quarta-feira (22) foi um sinal de luto pela morte da professora de matemática, Carla Pereira Melo, de 41 anos. A vítima morava em Rio das Ostras e lecionava em duas instituições de ensino, em Macaé e Rio das Ostras, na Escola Municipalizada Polivalente Anísio Teixeira (onde foi vista pela última vez, no sábado, dia 18) e Escola Municipal Alberto Jorge.

Na manhã de quarta-feira (22), alunos e professores fizeram uma oração, pedindo para que Deus confortasse o coração de todos diante de um crime tão bárbaro. As aulas foram suspensas, e os educadores permaneceram na escola buscando resposta e atualização da morte de Carla.

Na unidade em que trabalhou por sete anos, o clima era de forte comoção. Cartazes de luto foram colocados nos portões e os colegas se reuniram em oração. Eles esperam que o crime seja solucionado.

Segundo a diretora da Escola Municipalizada Polivalente Anísio Teixeira, Sônia Maria Pereira Dias, Carla participou do sábado letivo, aplicou provas para as turmas e corrigiu as avaliações. “Ela ainda conversou comigo, sempre sorrindo, tranquila, discreta e muito competente”, detalhou Sônia, que enfatiza que só soube do desaparecimento no domingo (19), à noite, através das redes sociais.

“Na segunda-feira (20), pela manhã, começamos a nos mobilizar para encontrar a Carla. O irmão dela esteve na escola para saber se ela tinha vindo até a unidade de ensino, e a partir daí pra frente ficamos mais apreensivos”, relatou a diretora da escola.

Muito comovida com a triste notícia, emocionada, a professora Jaqueline Santana disse que a vítima tinha combinado com o pai dos filhos de deixar as crianças com ele para ela cumprir o sábado letivo. “Por volta das 7h da manhã, Carla deixou o casal de filhos com o pai e veio para a escola. Ela trabalhou normalmente e foi embora às 11h30. Sabendo do seu desaparecimento, procuramos alguns comércios e residências próximo à escola e vimos, através de câmeras, a Carla entrando no carro tranquilamente. Não vimos ninguém suspeito e nem a seguindo”, explicou a colega de trabalho.

Jaqueline comenta ainda que Carla parou num fast food, no bairro Cavaleiros e comprou dois lanches para os filhos, como costumava fazer e deixou em casa com uma nota fiscal. O portão estava destrancado, e há suspeita que ela tenha saído de carro para buscar os filhos na casa do pai. A partir daí ninguém viu mais a Carla”, descreveu.

Muito comovida com o crime bárbaro e a perda da amiga, a professora Cíntia de Souza Almeida, diz que espera justiça e uma resposta da polícia. “Era uma educadora maravilhosa, mulher guerreira, super mãe. No dia do desaparecimento, tentei conversar com ela pelo whatsapp e não respondia. Não podemos deixar mais um crime impune, sem resposta. Queremos justiça é o que esperamos”, disse.

Emoção no sepultamento

Carla Pereira Melo foi sepultada às 8h da manhã de quarta-feira (22), no Cemitério de Itaocara, no Noroeste Fluminense. Dezenas de pessoas entre parentes e amigos compareceram ao enterro, onde o silêncio e a dor imperavam no local. Comovidos, familiares, que fizeram um apelo pela paz, deram o último adeus à professora de matemática que era natural de Itaocara.

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