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Candidato assassinado do Equador era perseguido por regime de esquerda de Rafael Corrêa, amigo de Lula, e ficou exilado no Peru até o esquerdista sair do poder; entenda a história

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Fernando Villavicencio ficou conhecido no mundo na noite de ontem, quarta-feira (9), após ser assassinado durante um evento de sua campanha presidencial no Equador

Na noite de quarta-feira (9), último dia, Fernando Villavicencio teve seu nome propagado globalmente após ser vítima de um homicídio enquanto participava de um evento de sua campanha presidencial no Equador. No transcurso do ocorrido, o político foi atingido por três disparos na região craniana, logo após a conclusão de um comício na capital do país, Quito. Autoridades equatorianas comunicaram que um indivíduo suspeito, ainda não identificado, foi neutralizado em um confronto com forças policiais.

O Movimiento Construye, partido ao qual Villavicencio pertencia, reportou no veículo de comunicação online denominado X, outrora conhecido como Twitter, que suas instalações na cidade capital também foram alvo de um ataque perpetrado por indivíduos armados.

Os escritórios da organização política foram alvo de um ataque por homens armados, conforme comunicado veiculado nas redes sociais pelo Movimiento Construye, a antiga plataforma de microblogging Twitter. Por sua vez, Fernando Villavicencio, recém-eleito deputado, teve seu enfoque primordial voltado para o combate à corrupção, tornando-se uma figura proeminente na esfera política equatoriana por muitos anos.

Inicialmente emergindo como líder sindical na estatal petrolífera Petroecuador, ele ganhou destaque como protagonista na exposição de um escândalo de corrupção ocorrido durante a administração do presidente Rafael Correa, na década passada. Adicionalmente, o defensor também se destacou como jornalista investigativo, revelando documentos sigilosos referentes a um programa de monitoramento governamental durante o mandato de Correa. No entanto, a persistente ameaça de represálias por parte de organizações criminosas e as ações judiciais movidas pelo governo resultaram na necessidade de exílio de Villavicencio no Peru em 2017. Retornando ao seu país natal após a queda do governo de Correa em maio daquele mesmo ano, o jornalista optou por ingressar oficialmente na política, sendo eleito como deputado em 2021.

No presente ano de 2023, ainda no decorrer de seu primeiro mandato, Villavicencio experimentou a perda de seu assento na Assembleia Nacional devido à dissolução do parlamento, um procedimento convocado pelo presidente Guilherme Lasso. Este último, ameaçado por um processo de impeachment, invocou uma das três justificativas constitucionais, a crise política, para embasar sua decisão de dissolução da instituição legislativa. Tal ação, além de extinguir a Assembleia Nacional, foi efetuada através do instrumento intitulado “morte cruzada” proposto por Lasso, resultando no término de seu governo e na convocação de eleições presidenciais programadas para o dia 22 de agosto, um domingo.

Fernando Villavicencio, apesar de figurar na disputa eleitoral, não desfrutava de grande favoritismo e não era considerado um candidato viável de acordo com as pesquisas, uma vez que ocupava a quinta colocação nas sondagens.

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