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Auxiliares de serviços escolares têm capacitação em Primeiros Socorros

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Na ocasião, a professora apresentou noções práticas e teóricas sobre primeiros socorros, procedimentos adequados diante de quedas, sufocamento, engasgadura, febre e convulsão. Foto Divulgação/ Rui Porto Filho

Segue até sexta-feira (20), no auditório Cláudio Ulpiano, da Cidade Universitária, o curso de “Noções de Primeiros Socorros” para auxiliares de serviços escolares que atuam junto aos estudantes na faixa de dois a cinco anos, da Educação Infantil da rede municipal. Um total 143 participantes estiveram na formação nesta segunda-feira (16). A expectativa é atender cerca de 600 auxiliares até o último dia do encontro. A capacitação segue a determinação da “Lei Lucas”, nº 13.722/2018, que prevê capacitação em instituições públicas e privadas da educação básica para prestar primeiros socorros, quando necessário, em seu corpo de alunos.

A programação foi aberta pela superintendente de Ensino Fundamental, Mariana Duarte. “Macaé segue as Diretrizes Curriculares Nacionais para a Educação Infantil e prima pela importância do brincar, do bem-estar, da qualidade de vida e da garantia dos direitos da aprendizagem”. Já o secretário de Educação, Guto Garcia, destacou que a rede municipal continuará, em 2020, com ações voltadas para Lei Lucas. “A intenção é que os educadores saibam como agir em uma eventual emergência. Todo este treinamento é muito positivo para todos os profissionais da educação, pois visa ações acessíveis e simplificadas de serem realizadas em frente a uma situação de socorro”, ressalta.

A capacitação foi ministrada por Marialda Moreira Christoffel, professora do curso de Enfermagem da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ-Macaé) e da Pós-Graduação da Escola de Enfermagem Ana Nery. Acompanhada pelas universitárias Kiara Rodrigues (2º período) e Mayara Barbosa (1º período), ela teve a oportunidade de apresentar algumas orientações enfatizadas no projeto “Segurança do recém-nascido e da criança em diferentes contextos”, que é desenvolvido no curso de Enfermagem da UFRJ-Macaé.

Na ocasião, a professora apresentou noções práticas e teóricas sobre primeiros socorros, procedimentos adequados diante de quedas, sufocamento, engasgadura, febre e convulsão. “Tratamos de questões da segurança em vários espaços, não apenas na escola. Fiz questão de aliar o lúdico à parte prática. Agradeço aos universitários e a mestranda Cristina Lima da Silva pelas ações em 2019”, disse Marialda.

Ao apresentar simulações, a professora também abordou a técnica de tapotagem (técnica fisioterapia respiratória, que ajuda a soltar a secreção das vias respiratórias) e manobra de Heimlich (que limpa as vias aéreas, ajudando a desengasgar uma pessoa que tenha se entalado com comida). A previsão é que os participantes do projeto visitem, em 2020, escolas e continuem atuando nas unidades que recebem o Programa Saúde na Escola (PSE) com medição de peso e altura.

Satisfeita, a universitária Kiara Rodrigues afirmou que estar junto com a comunidade escolar é especial . “Nossa proposta é colaborar e, como a professora fala, levar nosso trabalho extramuros levando conhecimento para sociedade”, comenta a estudante.

A capacitação também foi aprovada pelos auxiliares de serviços escolares. Entre eles estavam Cristiane Monteiro Thomaz, Paulina Henrique Ralbolt e Viviane Sardinha. “O ano de 2019 está sendo fechado com uma capacitação maravilhosa. Passamos por várias situações com os alunos e agregamos conhecimentos para melhorar nossa prática no dia a dia”, pontua Paulina. Já Viviane lembra que fez questão de fazer parte do curso e que já teve uma experiência com o filho, que jamais vai esquecer. “Meu filho engasgou. Hoje, no curso, aprendi a técnica ideal. Se não fosse uma pessoa com conhecimento para acudir meu filho, ele não iria resistir. Hoje estou mais atenta e com essa capacitação me sinto confiante”, finaliza.

Lei Lucas – Lucas Begalli Zamora tinha 10 anos de idade quando morreu engasgado com um lanche durante passeio escolar em Campinas (SP), em setembro de 2017. O caso teve muita repercussão e acabou servindo de exemplo para que não aconteça com outras crianças, sendo sancionada a lei em 4 de outubro do ano passado.

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