Base macaense terá restrições em procedimentos aéreos durante reforço de pista
Na próxima semana, a superintendência do Aeroporto de Macaé encaminhará à Agência Nacional da Aviação Civil (ANAC) o planejamento de alteração dos planos de voos da base, apresentando a nova logística que será adotada em função das obras de reforço da pista.
O documento, denominado NOTAM (Notice to Airman), contém todas as informações necessárias para que as operações aéreas ocorram com segurança e eficiência. A partir da análise dessa nova logística, a ANAC emitirá autorização que permitirá o início das obras de intervenção na pista.
“A nossa estimativa é que essa autorização seja emitida em menos de 30 dias. Por isso, acreditamos que as obras possam ocorrer a partir de 1º de junho. Mas este prazo pode se estender um pouco”, explicou o superintendente do Aeroporto, João Pedro Aparecido Romano.
Durante as intervenções na pista, o Aeroporto de Macaé restringirá algumas operações aéreas, que não irão interferir na rotina de pousos e decolagens das areonaves que atendem a demanda offshore, na Bacia de Campos.
De acordo com a superintendência da base, aeronaves de asas fixas (aviões) não poderão pousar no Aeroporto, assim como grandes aeronaves de asas rotativas.
“Atualmente, nós recebemos aviões particulares de pequeno porte, cuja operação será restringida durante as obras. Helicópteros maiores, que não operam na nossa área da Bacia de Campos, também não poderão pousar, salvo em casos de extrema-urgência”, disse Romano.
A partir do início das obras, essas restrições constarão nas informações aéreas do país, em relação ao Aeroporto da cidade.
Essas alterações estão sendo preparadas, de forma conjunta, entre as equipes de engenharia e de operação aérea da Infraero, em parceria com a equipe da empresa responsável pelo projeto.
Orçadas em R$ 25,4 milhões, as obras serão concluídas em um ano. O projeto foi liberado pelo Ministério dos Transportes na semana passada.
O projeto, elevará o PCN (Paviment Classification Number) da pista. Atualmente o PCN da pista do Aeroporto de Macaé tem a classificação 7, número que não atende mais as demandas necessárias de segurança para as operações de aeronaves que atuam nas rotas regionais.
Com as intervenções, o PCN da pista subirá para a 19, permitindo assim a operação de aviões modelo ATR 72, que possui a capacidade de 70 passageiros, e que integram hoje a frota de empresas como a Azul, que já operou em Macaé, e a Passaredo.
Novo terminal sem previsão de entrega
Apesar da realização das obras de reforço da pista, o Aeroporto de Macaé segue no planejamento do governo federal. de desestatização, o que impede a inauguração do novo terminal de passageiros.
A obra estrutural já está pronta. No entanto, a Infraero ainda não possui a autorização para a realização dos processos licitatórios para a exploração das áreas comerciais do terminal, que tem capacidade para atender 700 mil passageiros por ano.
De acordo com a superintendência, hoje a Infraero só pode realizar licitação para contratos com até 24 meses de vigência. “Antes, o prazo do contrato para a exploração das áreas era de 60 meses”, explicou Romano.
Com prazo de dois anos, fica inviável garantir investimentos de empresas no local, especialmente com a perspectiva de mudança na gestão da base macaense.