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Alerta: entenda por que o vírus Nipah em surto na Índia tem potencial pandêmico

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Segundo o governo da Índia, duas pessoas já morreram e outras três foram diagnosticadas com o vírus Nipah

Um alerta internacional foi gerado pela notícia de um lockdown no estado de Kerala, no sul da Índia. Informou-se que duas vidas já foram ceifadas e outras três pessoas foram diagnosticadas com o vírus Nipah. A partir desta terça-feira, 12/9, a quarentena foi implementada pelo governo local para controlar a disseminação e detectar casos. Desde 2018, quando 23 indivíduos foram infectados e 21 sucumbiram, este é o quarto surto de Nipah.

O Nipah, agente infeccioso transmitido primordialmente pela saliva de morcegos infectados, foi primeiramente identificado em 1999 e tem gerado surtos ocasionais no Sudoeste Asiático. Por essa razão, ele figura proeminente na lista de patógenos com potencial epidêmico monitorados pela Organização Mundial da Saúde (OMS).

De acordo com a pesquisadora Sarah Gilbert, uma das mentes por trás do desenvolvimento da vacina de Oxford contra o coronavírus, se o Nipah evoluir a ponto de se disseminar com maior eficácia, semelhante ao que ocorreu com o coronavírus, ele poderia resultar em uma pandemia muito mais letal do que a causada pelo Sars-CoV-2. Este vírus apresenta uma taxa de mortalidade de aproximadamente 75%, com sintomas iniciais como febre, cefaleia, vômitos e problemas respiratórios, mas podendo progredir para inchaço cerebral, coma ou óbito.

Até o presente momento, não existe vacina disponível contra os vírus responsáveis por causar o inchaço cerebral. O contágio ocorre não apenas pelo contato com a saliva e fezes de morcegos infectados, o que pode acontecer durante o consumo de frutas não higienizadas, mas também pelo contato com porcos portadores do vírus. O período de incubação varia de quatro a 14 dias, com os sintomas geralmente surgindo após o 20º dia de infecção. Prevenir a infecção por Nipah envolve práticas como a higienização adequada dos alimentos e evitar o contato com animais selvagens, especialmente morcegos e porcos.

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