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A não romantização do câncer de mama, sua fragilidade e o quanto pode ser devastador ao longo da vida

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Foto: Reprodução/Secom Acre

Por Juliana Guedes* É verdade que a mulher significa força. É meio óbvio quando almejamos trazer ao mundo outro ser humano. As lutas que enfrentamo…

Por Juliana Guedes*

É verdade que a mulher significa força. É meio óbvio quando almejamos trazer ao mundo outro ser humano. As lutas que enfrentamos, muitas vezes sozinhas, para conseguir ter uma vida satisfatória. Mas algumas de nós infelizmente não tem esta mesma sorte. Porém, realmente temos que entender que, aquele que tiver de vir ao mundo, terá momentos impecáveis, mas também ficará sujeito  a um ambiente caótico, com pessoas sendo cada dia menos sensíveis, menos empáticas a causas justas e isso tem por consequência o surgimento das lutas diárias que merecem sua devida atenção.

Afinal, o que pode enfrentar uma mulher, ou até mesmo um homem, quando o assunto é câncer de mama?

Além de ser a principal causa de mortes por câncer entre mulheres em nosso país, o surgimento deste tipo de câncer está intrinsecamente ligado a diversos fatores. Pode surgir simplesmente por fatores associados às questões genéticas (histórico familiar) ou ser desencadeado, também, até mesmo pelo sedentarismo, ou seja, uma vida menos ativa. Mas há uma questão a ser discutida e esclarecida, os homens podem  desenvolver o câncer de mama ao longo da vida, sendo uma patologia incomum, mas existente, homens não têm desenvolvimento mamário, mas assim como as mulheres possuem tais tecidos.

Em meio a estudos entrelaçados com a Ciência, vem-se demonstrando um aumento desse índice em homens, sendo representado por 0,1 % de mortalidade no sexo masculino, mas vejamos com cautela, no Brasil foi registrado em 2020, 207 óbitos, acometidos com esta  doença devastadora em ambos os sexos . Especificamente nos  homens podem ser por alteração no gene BRCA2 que é um gene responsável por produzir proteínas, auxiliando a reparação do DNA danificado, produzem proteínas  com histórico familiar, alcoolismo, síndrome de Klinefelter ou doença hepática.

A vida pode ser vivida e ser vista de várias formas, mas que ao longo desse percurso, possamos compartilhar o sentido da palavra “empatia” com outros humanos, que a compreensão com outro ser humano que está passando por momentos difíceis, que precisamos estender nossas mãos sempre que necessário a outro semelhante a nós é imprescindível.

A luta pela vida , se torna algo de tamanha relevância, causas ganham proporção. Às vezes encaradas por outros como castigo, punição, o que não deve ser levado por  esse lado. Sentimentos são abalados, dificilmente quem passa por situações como estas voltam a olhar para o meio em que vivem da mesma forma, há uma mudança de identidade de certo modo , a autoimagem é abalada pela forma devastadora que muitas vezes necessita da retirada da mama afetada. O processo não é dos melhores, muitas pessoas são deixadas “a Deus dará” durante o processo, sendo que é necessário acolhimento. Isso acontece muitas vezes pela própria família. São realidades que não fogem de nosso cotidiano.

Uma doença como esta apresenta um momento doloroso, mas que, assim como temos sentimentos, quem passa por cada momento desse, está bem pior. A sensibilidade nos corações tem que voltar a habitar em cada ser, olharmos com mais amor, diante de um século cheio de individualistas, olhando somente para sua vida, o ato de generosidade perdeu-se , e isso leva a uma sociedade sem amor e sem o verdadeiro valor cristão.

Mas como podemos nos proteger desta doença? A prática de atividade física, manter o peso adequado corporal, adotando juntamente uma alimentação mais saudável, evitando os processados em geral e reduzindo o consumo de bebidas alcoólicas, faça os exames adequadamente, o autoexame é essencial . Minha mensagem para quem passa por esse processo, é que consiga as forças necessárias para enfrentar o momento indelicado e que logo a frente veja que a vitória há de chegar.

Juliana Guedes, graduanda em Ciências Biológicas pela Ufac, é repórter e social mídia da Secretaria de Estado de Comunicação

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