Sessão lotada na manhã desta quarta-feira (12), contou com a presença de servidores e assessores parlamentares
A sessão da Câmara de Vereadores da cidade de Carapebus foi marcada por muita discussão na manhã desta quarta-feira (12), após os parlamentares adiarem o julgamento de pedido de cassação contra a prefeita Christiane Cordeiro (PP), por crime de responsabilidade, devido obras abandonadas, caos na saúde e atraso de pagamento salarial dos servidores.
A sessão contou com a presença de servidores da prefeitura que manifestaram contra a decisão dos vereadores, que segundo informações do poder legislativo da cidade, o atual governo teria pressionado a categoria para ficar a favor da prefeita durante o julgamento, que não ocorreu. Informações preliminares dão conta que houve discussão do lado de fora do plenário, onde a Guarda Municipal e a Polícia Militar tiveram que ser acionadas para tentar acalmar os ânimos.
De acordo com a assessoria de comunicação da Câmara, o julgamento foi adiado pela falta de tempo dos vereadores ter acesso a leitura do processo de cassação que contém quase 30 mil páginas. A sessão extraordinária foi remarcada para esta sexta-feira (14), a partir das 18h, onde será aberta a população.
O processo de cassação estava suspenso desde o dia 2 de agosto do ano passado, por força de decisão judicial liminar, cujos efeitos foram cancelados por unanimidade pelo colegiado de Desembargadores que compõem a 19ª Câmara Civil do TJ-RJ em sessão do dia 28/01/20.
Por conta disso, o assunto foi colocado novamente em pauta, e a votação deve ser decisiva. A Comissão Processante, por unanimidade, sugeriu a condenação da prefeita, o que será votado por todos os vereadores. A Casa Legislativa também comentou que Christiane tentou obter uma nova liminar para impedir o julgamento.
A prefeita Christiane Cordeiro é acusada da prática de vários crimes, dentre os quais corrupção em conluio com empresários, o que segundo a acusação vem causando gravíssimos danos aos cofres públicos. Além disso, a denúncia acusa a prefeita de autorizar que seu marido exerça efetivamente o cargo de chefe do poder executivo, o que configura crime de responsabilidade e crime comum ao mesmo tempo.
Entramos em contato com a assessoria de comunicação da prefeitura de Carapebus, mas não tivemos nenhuma resposta sobre o assunto.