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Posto de Saúde do Aeroporto

Em menos de seis anos, a rede pública de Saúde de Macaé já foi conduzida por seis gestores diferentes, incluindo o próprio chefe do poder Executivo municipal. Com quase R$ 600 milhões de orçamento por ano, o setor ainda é o “calcanhar de Aquiles” do governo conduzido pelo médico que virou prefeito.

Pelo que consta, a Saúde da cidade contou com seis diferentes processos de planejamento, ordem e execução, um sistema perigoso de se conduzir um setor bastante sensível para o controle do dia a dia de qualquer um dos 240 mil cidadãos macaenses.

É fato que, dentro deste período, Macaé foi referência nas estratégias de atenção básica, voltadas a garantir o controle sobre os riscos de epidemias de doenças perigosas, como a febre amarela, Chikungunya, dengue e até o Sarampo.

Além disso, a cidade registrou a abertura de postos centralizados de atendimentos importantes, como a Casa do Curativo, o polo de odontologia, o pronto socorro dos idosos, uma série de Unidades Básicas de Saúde (UBS) que seguem as diretrizes do Sistema Único de Saúde (SUS).

Porém, mesmo assim, falta a assistência em procedimentos básicos, como a realização de exames, o agendamento de consultas, a distribuição de medicamentos e a assistência a pacientes crônicos, atendidos em unidades fora da cidade.

E isso é um reflexo, não da falta de receitas dentro de um orçamento que supera a casa dos R$ 2 bilhões. Tão pouco faltam profissionais qualificados e devidamente preparados para garantir o atendimento necessário ao cidadão.

A principal deficiência da rede é, sem sombra de dúvidas, um processo nocivo e egocêntrico sofrido por todos os gestores que passaram pela rede. Ou, ao menos quase todos.

Apesar de assumirem o ônus de conduzirem a pasta sujeita a controle excessivo do Tribunal de Contas, do governo federal e da própria Justiça, os gestores da pasta não possuem autonomia de vetar vícios que estão atrelados a acordos extra-políticos, de punir procedimentos que ferem os princípios da saúde pública e acabam ficando sujeitos a brigas internas, que provocam o caos na assistência ao cidadão.

Por mais que a Saúde de Macaé seja a mais rica, ainda falta a eficiência do governo em exercer o seu devido papel, de atender com qualidade ao cidadão, e não permanecer refém de um corporativismo que provoca revolta ao macaense que sofre diante das deficiências da rede.