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Tempo de crise

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Além de as autoridades de todo o mundo estarem envolvidas no combate ao Covid 19, tentando enfrentar os obstáculos para evitar mais mortes que a todo instante ao serem anunciadas deixam temerosa a humanidade que busca meios de ficar longe desse perigo iminente, invisível e que a cada 10 anos, retorna para causar mais danos, no nosso país, a briga para encontrar os melhores meios de combater o vírus, parece ter extrapolado todos os limites do bom senso para que fosse praticada uma política capaz de encontrar o caminho correto para que nos livremos desse mal, provocando reações políticas diversas.

Quando a Organização Mundial da Saúde, desde o mês de dezembro do ano passado, começou a alertar o perigo que já era sentido na China e ameaçava de maneira rápida atingir o mundo, por aqui parece que o Carnaval era mais importante do que os cuidados para conter o coronavirus, milhões de pessoas em períodos de férias ou a negócios, viajavam para todos os lugares de norte a sul ou de leste a oeste, não haviam sido alertadas ainda sobre a catástrofe que viria a partir de fevereiro, e que hoje é a principal pauta de todos os meios de comunicação a ponto de colocar em rota de colisão todas as classes dos diversos segmentos políticos, empresariais, sociais e poderes distintos.

Quando a força política começou a se mostrar mais forte do que a ciência para que a medicina apresentasse bons resultados, a dimensão da pandemia começava a reconhecer lideranças pelo massivo aparecimento na mídia, provocando rachas desnecessários apenas para satisfazer o ego de alguns detentores de cargos, dando mais uma vez a prova de que o poder é poder, manda quem pode e obedece quem tem juízo. Tendo o Supremo Tribunal Federal decidido de que os governadores e prefeitos, decretada no país a calamidade pública, poderiam ter autoridade para tomar medidas muitas vezes drásticas, para evitar a proliferação do vírus, a orientação do Ministério da Saúde embasada nas informações da Organização Mundial da Saúde, de isolamento social ou o distanciamento, foi a primeira e principal solução encontrada para tentar evitar que o mal se alastrasse de maneira rápida, como acontecia no resto do mundo.

Fechar estabelecimentos comerciais, industriais, paralisação de serviços públicos, escolas em todos os níveis, bancos, com o objetivo de evitar aglomerações, foi a primeira atitude dos governantes que causaram protestos, o que levou a economia a sofrer as consequências do desemprego, levando o Congresso Nacional a aprovar emergencialmente auxílio para todos os estados, prefeituras e para a população em geral, com o objetivo de diminuir o impacto na vida das pessoas que, de repente, se viram longe das atividades, dos familiares e de amigos, hábito que mudou a vida de todos os que resolveram cumprir a determinação, ao contrário de algumas situações que praticavam uma minoria, protestos para tentar mostrar que estava tudo em ordem e o coronavirus era apenas uma “gripezinha”, exigindo a contenção com ações judiciais e policiais para fazer valer o que a ciência indica ser o mais aconselhável.

Passados os três primeiros meses com o número de mortes ascendentes e procurando as autoridades sanitárias buscar soluções, em meio à crise, houve aqueles que se aproveitaram em algumas situações para fazer o pé de meia, vendendo respiradores, camas, hospitais de campanha e até a contratação de pessoal qualificado, por preços abusivos que acabou gerando outra crise paralela exigindo mais rigor e investigação no uso do dinheiro público.

E para fechar o mês de maio marcado por uma série de protestos de todos os segmentos, a crise em que o Supremo Tribunal Federal entrasse em rota de colisão com o Poder Executivo e até com o Senado e Câmara, iniciasse a investigação contra as fake news, apreendendo e prendendo materiais e até internautas responsáveis pelo derrame em massa de informações tendenciosas atingindo de forma direta o Poder Judiciário, ampliando uma crise política que mede forças para ver quem manda mais. Tomara que não haja outra exibição de algum vídeo de reunião de ministros no Poder Executivo, para evitar que as críticas e ataques a outros poderes possam servir de pretexto para aumentar a crise.

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