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Serviços básicos são solicitados no Parque Aeroporto

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Parque Aeroporto é considerado um dos mais populosos da cidade. Serviços no bairro atendem loteamentos do entorno

Essa semana, a nossa equipe de reportagem também visitou o Novo Eldorado e o Jardim Aeroporto

Considerado um dos bairros mais populosos de Macaé, o Parque Aeroporto também tem os seus problemas como qualquer outra área da cidade. Mesmo com as obras de urbanização, que deram um novo visual à localidade, ele ainda apresenta algumas situações no seu cotidiano que tem deixado os moradores insatisfeitos.

Essa semana, a equipe de Bairros em Debate esteve visitando o local, além de duas adjacências: o Novo Eldorado e Jardim Aeroporto, que podem ser considerados suas extensões pela proximidade.

Ao conversar com algumas pessoas, elas voltaram a cobrar do poder público mais agilidade em serviços básicos, como limpeza pública e manutenção de vias e das áreas de lazer.
Mas como nem tudo depende apenas de ação do governo, mas também da própria população, ainda que sejam bem menos, comparado ao de bairros mais precários, o Parque Aeroporto também sofre com a falta de conscientização de seus habitantes.

O principal deles é o descarte irregular. Terrenos com lixo acumulado e calçadas com restos de materiais de obras impedindo a passagem dos pedestres poderiam ser evitados. “Aqui é um dos melhores bairros para se viver, apesar dos problemas pontuais. Temos escolas, comércio, tudo perto de casa. Se a população fizesse a parte dela e o poder público fosse mais eficiente, seria perfeito”, diz o morador João Pedro, que vive no bairro há um pouco mais de cinco anos. “Vim para Macaé trabalhar e acabei escolhendo o Parque Aeroporto para morar por conta dessas vantagens e pelo preço do aluguel, bem mais em conta comparado aos bairros da área sul da cidade”, completou.

Uma moradora, que tem dificuldades de locomoção e pede sigilo do nome, reclama da falta de acessibilidade. “Quando a calçada não é desnivelada, o problema são os entulhos obstruindo a passagem. A gente tem que desviar pela rua, podendo ser atropelada. É um absurdo, uma falta de respeito com os vizinhos e o próximo. Cadê a fiscalização que nunca vê isso? Se acontece é porque o município é omisso”, reclama ela, que pede sigilo do nome.

 

Lixão no Jardim Aeroporto

Lixão no local é um problema que vem sendo denunciado há anos

Pauta de uma reportagem recentemente, o “famoso” lixão do Jardim Aeroporto segue sem uma solução. Apesar de os entulhos serem retirados, o problema sempre volta. Isso já vem sendo denunciado pelo O Debate há anos, mas até hoje nada mudou, pelo contrário, só vem se agravando.

Situado a poucos metros de uma escola da rede pública municipal, a enorme área serve como ponto de descarte de tudo que é lixo, desde restos de comida até resíduos tecnológicos, altamente nocivos ao meio ambiente.
“Isso aqui é um caso perdido. Limpam e não dá um dia e já tem lixo de novo. Vem gente até de outros bairros descartar aqui, já que não tem fiscalização. Quem paga por isso no final somos nós que moramos perto do terreno. Já chegou a dar rato em casa, os mosquitos então nem se fala”, conta um morador, que pede para não ser identificado.

O terreno é uma área alagadiça e a presença dos resíduos acaba resultando em outro problema: a proliferação do Aedes aegypti. Esses dias choveu e ficou essa lagoa aqui, mas quando o tempo firma e seca, ainda fica água parada no lixo abandonado aqui. Há uns três anos eu tive dengue. A preocupação existe”, revela.

Na última visita, há cerca de um mês, a nossa equipe de reportagem encontrou uma grande quantidade de lixo e restos de móveis. Parte dos resíduos foram queimados, gerando uma forte fumaça tóxica.

“Isso acontece frequentemente. A gente já não sabe mais o que fazer ou a quem recorrer. O lixão não tem uma solução. Limpam e voltam a jogar aqui, pois sabem que não tem fiscalização. Para piorar ainda mais a situação, ainda ateiam fogo, gerando essa fumaça. Fica insuportável. Temos que trancar a casa. Minha filha tem bronquite e sofre quando isso acontece”, declarou uma moradora durante a nossa outra visita.

O jornal O DEBATE vem desde 2013 acompanhando esse caso. Desde então, nada mudou. Em Macaé, a Lei nº 3.371/2010 proíbe o descarte de lixo doméstico, industrial, hospitalar ou entulhos nos logradouros públicos da cidade. Apesar de ter sido sancionada há oito anos, até hoje ela não foi realmente colocada em prática.

Serviço de capina

Lixão no local é um problema que vem sendo denunciado há anos

Alvo de reclamações na última visita, a capina voltou a ser solicitada pelos moradores no Novo Eldorado. O mato toma conta de terrenos e até mesmo de calçadas e do meio-fio nas vias. “Com as chuvas, o mato cresce mais rápido do que o normal, então é preciso que a prefeitura se programe para diminuir o tempo entre uma visita da equipe e a outra para que o nosso bairro não fique assim, com esse aspecto de sujo e largado”, diz Ana Clara.
Outra reivindicação é a manutenção com a limpeza das galerias pluviais. Algumas delas, como pudemos presenciar no Jardim Aeroporto, estão sem tampa. “O lixo acaba vindo parar aqui e acumulando. Quando chove, a água não consegue escoar e resulta nos pontos de alagamento”, alerta o morador.

 

Área de lazer precisa de cuidados

Enquanto o Novo Eldorado e o Jardim Aeroporto não contam com áreas de lazer, no Parque Aeroporto as praças também precisam de atenção do poder público. Na principal delas, na Rua 62, o parquinho está precisando de reparos no piso e em alguns brinquedos.

Área de lazer precisa de manutenção periódica

Quem é pai diz que é preciso redobrar a atenção com os filhos a fim de evitar que eles se machuquem. “A gente deixa as crianças brincando mas sempre de olho para que não ocorra um acidente. O problema é que não tem quem tome conta do patrimônio público, ai acaba que dá abertura para o vandalismo”, lamenta uma mãe.

A poucos metros dali, na praça situada próximo a primeira ponte, é o campo de areia que preocupa os usuários. Com riscos de contrair doenças de pele, já que o acesso de animais é livre, o que pode resultar na contaminação pelas fezes e urina dos cachorros e gatos, os moradores pedem que o pavimento seja substituído por grama sintética ou até mesmo cimento.

Luzes acesas geram desperdício

Nós sempre ouvimos falar que é importante economizar energia. Entre as vantagens dessa prática está a redução do valor da conta no final do mês, mas esse ato traz mais benefícios do que se pode imaginar. Reduzir os gastos e evitar o desperdício é uma forma de colaborar com o meio ambiente.

Enquanto algumas ruas sofrem com a iluminação ineficiente ou até mesmo a falta dela, em outros lugares os postes ficam acesos durante o dia. É o que tem acontecido na praça principal, onde nossa equipe pôde presenciar o problema.

“Tem lugares que é uma escuridão e, enquanto isso, aqui fica isso aceso de dia. Não tem cabimento”, diz Maria Rosa.

O que diz a prefeitura

Procurada, a prefeitura informou que as demandas foram encaminhadas para a secretaria de Infraestrutura para que as devidas ações sejam tomadas.

Ela ressalta que a cidade ganhou duas novas áreas de lazer, uma na Praia Campista e outra na Praça Benedito Lacerda, no Centro, ao lado do Mercado de Peixes. A secretaria de Infraestrutura de Macaé irá adquirir mais dez novos conjuntos de brinquedos de madeira, que serão instalados em diversos pontos. Os espaços são compostos por escorregador, balanço, gangorra, escalada e trenzinho.

Quanto ao descarte de resíduos eletrônicos, a secretaria de Ambiente e Sustentabilidade possui diversos pontos de coleta em Macaé, inclusive na Associação de Moradores do Parque Aeroporto.

Em relação as lâmpadas, a coordenadoria de Iluminação Pública, vinculada a secretaria Municipal de Serviços Públicos, informou que enviará equipe até o local para realizar a devida manutenção.

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