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Serviços básicos ainda são aguardados no Jardim Guanabara

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Buracos e falta de pavimentação em algumas vias ainda são realidade

Moradores voltaram a cobrar essa semana a capina, a manutenção de ruas e a construção de área de lazer

 

Localizado às margens da Rodovia Amaral Peixoto (RJ-106), o Jardim Guanabara é um bairro que vem ao longo dos últimos anos sofrendo uma forte expansão imobiliária. A proximidade com as praias do Pecado e dos Cavaleiros e também do Polo Offshore e da Área Industrial, tanto de Macaé, quanto de Rio das Ostras, fez com que essa área se valorizasse cada vez mais.

Mas por trás de belas residências e ruas tranquilas, vários problemas de infraestrutura se escondem. Essa semana o Bairros em Debate esteve novamente no local, depois de quase cinco meses desde a última visita, para ver se as reivindicações feitas pelos moradores na época foram atendidas.

Pelo que a nossa equipe pôde ver de perto, o Jardim Guanabara vem apresentando algumas melhoras, entretanto ainda tem diversas pendências, e são essas que têm gerado muitas reclamações. Entre as reclamações estão: a limpeza (capina), falta de áreas de lazer e ruas sem pavimentação.

O abandono com o bairro, que é considerado área nobre, é tanto que no final do ano passado um grupo de moradores da região mais afetada pela falta de infraestrutura se uniu e abriu uma ação no Ministério Público (MP) denunciando um possível impasse com a prefeitura em relação a regularidade das terras. No início desse ano, o MP indeferiu o pedido da população alegando que não pode se responsabilizar e interferir na questão das políticas públicas do município à medida que as pessoas procuram a instituição “porque estaria interferindo na atividade de outro poder, no caso, o Executivo”.

 

Capina volta a ser solicitada

Assim como acontece em vários bairros em Macaé, quando se trata da falta de capina, o Jardim Guanabara também entra na lista. Seja em terrenos particulares, onde é responsabilidade do proprietário manter a limpeza, quanto em áreas públicas, onde o serviço deve ser executado pela prefeitura, é possível ver que o mato já ultrapassa mais de dois metros de altura.

Nem mesmo os terrenos públicos estão recebendo o serviço de limpeza

Lembrando que isso vem sendo reivindicado pelos moradores desde o ano passado, sendo o pedido reforçado em fevereiro e junho desse ano. Contudo, eles afirmam que quando a prefeitura aparece é apenas para fazer o serviço na via principal, deixando de lado, inclusive, uma área pública, onde deveria existir uma praça.

Locais onde a nossa equipe esteve da última vez conitnuam na mesma situação: cobertos pelo matagal. Alguns moradores reclamam que, além da insegurança, isso tem resultado na presença de animais como cobras e infestações de mosquito.

“Como podem observar, a limpeza não passa por aqui há tempos. O mato já toma conta de parte das ruas em alguns lugares. Até mesmo o terreno que deveria ser a nossa praça está abandonado. Ali é pior ainda. O mato já chega a dois metros de altura. Isso mostra que a justificativa da prefeitura não é coerente. Ela diz que o proprietário é responsável pelos terrenos particulares. E quando é área pública? Cadê ela?”, diz a moradora Raquel.

Ruas sem pavimentação

A maioria das ruas do bairro é de paralelepípedos e, em algumas delas, a nossa equipe encontrou desníveis. Em vários pontos, buracos profundos e bueiros sem tampas se tornam uma ameaça para os condutores e pedestres.

Mas se nesses pontos a situação é crítica, onde não tem pavimentação a situação é ainda pior. Algumas ruas do bairro ainda são de barro, o que torna a acessibilidade dos moradores bem mais complicada.

Buracos e falta de pavimentação em algumas vias ainda são realidade

Em algumas delas, o acesso de carro é praticamente impossível em dias de chuva. A nossa equipe chegou a ter dificuldades para transitar em alguns trechos.

Um dos piores trechos encontrados pela nossa equipe na última visita, na esquina das ruas Maria Orebi e Nilo Tavares Freire, a cratera segue sem solução, apesar de a prefeitura ter prometido que iria resolver o caso. Pelo contrário, o problema só tem se agravado. “Carros de pequeno porte não conseguem passar por aqui mais. A rua está afundando e o buraco cada dia maior”, diz um morador, que não quis se identificar.

Depois de tanto reivindicar, algumas dessas ruas começaram a ser pavimentadas no ano passado, mas até hoje apenas o meio-fio foi feito.

Na Rua Jocilea Basílio nem mesmo medidas paliativas foram feitas. Os moradores chegaram a relatar no último Bairros em Debate que pagaram do próprio bolso para colocar o pó de brita para amenizar os transtornos.

 

Sem área de lazer, crianças brincam na rua

: Área de lazer nunca saiu do projeto. Moradores lamentam o abandono

As praças são geralmente um ponto de encontro de moradores do bairro, sendo a principal opção de lazer para as crianças. Mas o Jardim Guanabara não possui nenhuma área de lazer, sendo a mais próxima no Mirante da Lagoa.

“Hoje as crianças ficam dentro de casa ou a gente tem que ir para o Mirante da Lagoa. Meus filhos são adolescentes e sempre vão para lá, mas eu fico com medo porque no local não tem travessia. Temos um espaço que poderia ser aproveitado e não é, porque o poder público não tem o interesse de investir aqui dentro em lazer para a gente”, lamenta Raquel.

Pedido é finalmente atendido

Com a violência cada vez maior, a sensação de insegurança toma conta da população. No Jardim Guanabara a baixa iluminação, ou até mesmo a falta dela, chegou a ser alvo de várias reclamações nos últimos Bairros em Debate.

Mas, finalmente, o pedido de alguns moradores foi atendido. Na Rua Jocilea Basílio, depois de muita reivindicação, a iluminação pública foi colocada. “Antes era um breu à noite. Um morador chegou a colocar refletor para amenizar o problema, mas com os postes iluminando está, sem dúvidas, muito melhor”, diz uma moradora.

O que diz a prefeitura

Segundo a prefeitura, o trabalho de manutenção é continuo no município. Nesta semana, a secretaria Adjunta de Serviços Públicos realiza uma ação de capina e roçada no bairro Jardim Guanabara. A operação começou na quarta-feira (25), e seguirá até a próxima semana. Cerca de 10 homens estão envolvidos nos trabalhos,.

Em situações como essa, a Prefeitura de Macaé orienta a população ou presidente da associação dos moradores a solicitar o serviço na sede da secretaria (Barracão), localizado na Rua Marechal Rondon, 390, no bairro Miramar. Dessa forma, o cidadão estará colaborando com o poder público na manutenção diária do município.

Já a secretaria de Infraestrutura tem conhecimento da situação no local (manutenção das ruas), que ocorreu devido às obras da Cedae. A expectativa é que, em 15 dias, esteja resolvida. A secretaria de Obras estuda a elaboração de um projeto para viabilizar a pavimentação no bairro.

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F2: Nem mesmo os terrenos públicos estão recebendo o serviço de limpeza
F3 e F4: Buracos e falta de pavimentação em algumas vias ainda são realidade
F5: Área de lazer nunca saiu do projeto. Moradores lamentam o abandono

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