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Serviço do Bolsa-Família é suspenso no Lagomar

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Com a suspensão, por tempo indeterminado, o serviço voltou a ser feito no Centro

Atendimento era feito toda quinta-feira na Escola Municipal Paulo Freire e está parado por falta de infraestrutura

 

Com o objetivo de facilitar a vida do morador do Lagomar, em março a prefeitura, por meio da Secretaria de Desenvolvimento Social, Acessibilidade e Direitos Humanos, passou a oferecer o atendimento do Bolsa-Família na Escola Municipal Paulo Freire. Agora, oito meses depois, a população procurou o jornal O DEBATE para relatar que o serviço estaria suspenso desde agosto por conta de problemas com a infraestrutura do local.

Segundo André Carvalho, membro do Grupo de Solidariedade Humana Ser e Viver, a paralisação do serviço gera grandes impactos à população. “Me informaram que a situação se normalizaria depois da seleção da Guarda-mirim e do Nova Vida, mas não foi o que aconteceu”, relata.

Isso estaria acontecendo porque a internet disponibilizada no local não seria suficiente para que o programa de cadastro possa funcionar.“Para isso seria necessário uma velocidade de 50 megas, conforme informou a coordenação do Bolsa-Família. Hoje conseguimos, por meio de uma parceria, apenas seis megas, ou seja, precisaríamos de mais 44 megas. O combinado seria que a gente, no primeiro momento, iria conseguir essa internet e depois a prefeitura iria providenciar. Nós cumprimos nossa parte e ela não. Infelizmente não temos como arcar com essa despesa”, lamenta.

André procurou a prefeitura e em uma dessas conversas teria sido informado que uma equipe da TI iria ao local para verificar o problema. “Eles iriam verificar a possibilidade de instalar uma internet melhor, só que nada foi feito.

Ele conta que em apenas três meses, o Bolsa-Família realizou 950 atendimentos no local. “Isso mostra a necessidade de ter esse serviço aqui no Lagomar. Como não temos o Cras aqui, dependendo de ir para o Cras da Ajuda ou para o Centro”, ressalta. No início de outubro, o Grupo Ser e Viver enviou um ofício à Secretaria de Desenvolvimento Social, Acessibilidade e Direitos Humanos solicitando uma reunião para articular quais medidas seriam tomadas para resolver essa pendência.

“No documento a gente pede essa reunião para esclarecer o motivo que o atendimento não teve continuidade e informar à população”, enfatiza. “Fui lá nesta quarta-feira, pois soube que teriam a resposta ao meu ofício, e fui até mal tratado pelos funcionários lá”, denuncia.

Até então, o programa funcionava todas às quintas-feiras, de 9h às 16h. Procurada, a prefeitura explicou que no momento as condições técnicas do local inviabilizam o atendimento do Bolsa Família desta forma descentralizada. Apesar das reclamações, ela diz que não há prejuízo aos beneficiados, já que o atendimento na sede do programa continua, de forma regular, de segunda a sexta, das 8h às 17h. O endereço é Travessa Ari Schueller Pimentel, número 25- Centro.

O Programa Bolsa Família (PBF) é um programa de transferência condicionada de renda que beneficia famílias pobres, e extremamente pobres, inscritas no Cadastro Único.

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