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Segundo pesquisa, consequências psicológicas do mau hálito podem afetar a carreira profissional

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Por DINO DIVULGADOR DE NOTÍCIAS

São Paulo, SP–(DINO – 13 set, 2018) –

Pesquisa publicada recentemente revela que quem acredita em ter mau hálito (ou halitose) sofre uma série de consequências psicológicas em seu dia a dia. Um dos dados mais interessantes da pesquisa é que existe uma estreita relação entre a queixa em ter mau hálito e a presença do transtorno de ansiedade social, nome atual da fobia social. Em casos mais severos, quem sofre com o problema pode deixar de evoluir em sua carreira profissional como, por exemplo, não aceitando uma promoção por ter de falar próximo às pessoas em seu novo cargo, ou ainda, escolhendo sempre trabalhos em que não exista a necessidade de contatos interpessoais

O mercado de produtos de oral care e o mau hálito

Depois de perdas seguidas, 6% em 2015 e 9% em 2016, o setor de Higiene Pessoal, Perfumaria e Cosméticos sinalizou uma tímida recuperação em 2017 de 2,75%, segundo estudo da Associação Brasileira da Indústria de Higiene Pessoal Perfumaria e Cosméticos (Abihpec). No que se refere ao desempenho das categorias no mercado mundial, o destaque ficou por conta dos produtos de oral care, que subiram do quarto para o terceiro lugar no ranking (Fonte: Cosmetic Innovation – Euromonitor 2017).

Boa parte do consumo de produtos de higiene bucal tem a ver com pessoas que se preocupam excessivamente com seu hálito, pois de acordo com a pesquisa, uma das consequências psicológicas da queixa em ter mau hálito (ou halitose) é justamente fazer a higiene dos dentes, gengiva e língua várias vezes ao dia. Um estudo de 2018 analisando 13 artigos científicos em forma de revisão sistemática (Silva MF et al.), visando determinar a prevalência mundial de mau hálito, estimou que 31,8% da população tem halitose, com uma tendência para que esses números aumentem. Se a essa porcentagem forem acrescidas as pessoas que não tem mau hálito, mas acreditam que tem, esses números seriam significativamente maiores.

A pesquisa

Essa pesquisa é fruto do mestrado em psicologia do Cirurgião Dentista Maurício Duarte da Conceição, que há 23 anos atua no tratamento do mau hálito, tendo desenvolvido diversas técnicas e produtos nessa área. O tema é tão relevante que é inclusive o título do Livro que o Dr. Maurício Conceição escreveu em 2013: “Bom hálito e Segurança! Metas essenciais no Tratamento da Halitose”.

Dr. Maurício Conceição destaca que “é muito comum o relato de pacientes que em reuniões de trabalho deixam de expor suas ideias e se esquivam de participar ativamente destas, por terem a convicção equivocada em possuir um forte mau hálito. Ao buscar o tratamento para o seu hálito, a pessoa acaba descobrindo que tem um problema psicológico associado à sua queixa, que pode estar interferindo seriamente em sua carreira profissional e também a sua vida social e afetiva”.

Existe um conceito divulgado na primeira Conferência Internacional sobre o Mau Hálito chamado “O paradoxo do Mau hálito”, que define bem essa questão: a maioria das pessoas que sofre de halitose não está ciente da sua condição, enquanto muitas outras que não tem mau hálito, preocupam-se excessivamente em ter o problema. A pesquisa é justamente sobre esse segundo grupo de pessoas, que é mais numeroso que o primeiro, mas que ainda existem muito poucas informações a esse respeito, esclarece o dentista.

Questionário para avaliar as Consequências Psicológicas da Halitose

A pesquisa teve como objetivos validar um questionário denominado Inventário de Consequências da Halitose (Foto), desenvolvido para medir o grau de comprometimento que a queixa em ter halitose trouxe na vida dos pacientes, que comprometem a segurança, espontaneidade e autoestima destes e também estabelecer a relação dessas consequências com o transtorno de ansiedade social.

A primeira parte da pesquisa foi publicada recentemente no British Dental Journal Open, demonstrando que o questionário realmente consegue medir o impacto negativo que a queixa em ter mau hálito traz na vida das pessoas.

Entendendo as Consequências Psicológicas do Halitose

Dr. Maurício revela que “não é que a pessoa tenha um mau hálito forte em seu dia a dia. É justamente o oposto disso. A grande maioria das pessoas que se queixam em ter mau hálito tem um hálito normal ou levemente alterado, mas com uma forte convicção em ter o hálito alterado e que todos percebem, o que via de regra não é real”.

No dia a dia da prática clínica, a frequência de pacientes com consequências psicológicas da halitose severas é inclusive significativamente maior do que os próprios pacientes com alterações em seu hálito. Esses pacientes necessitam de uma abordagem de tratamento psicológica, além do tratamento regular do mau hálito, do contrário continuarão a acreditar que seu problema persiste, apesar de seu hálito já ter sido devidamente tratado, complementa o Dentista

Dr. Maurício enfatiza que “mesmo que o paciente teste o seu hálito em aparelhos importados sofisticados e de última geração como o OralChroma CHM2, o mais moderno no mundo na atualidade, e tenham resultados de um hálito normal, o paciente continua inseguro. Isso ocorre normalmente devido ao paciente ter uma alta pontuação no Inventário de Consequências da Halitose e também nas escalas para avaliar os sintomas típicos do Transtorno de Ansiedade Social”.

Tratamento das Consequências Psicológicas do Halitose

A boa notícia é que outra parte do estudo, ainda não publicada, aprimorou e comprovou a eficácia de um método para tratar a segurança dos pacientes após ter seu mau hálito devidamente controlado, por meio da “exposição ao vivo”. Essa é uma técnica da psicologia comportamental utilizada para que o paciente recupere a sua segurança e espontaneidade em relação ao seu hálito, melhorando significativamente a sua autoestima e qualidade de vida.

Parte dessa abordagem de tratamento foi apresentada pelo Dr. Maurício Conceição no FDI World Dental Congress 2018, um dos mais importantes Congressos Odontológicos Internacionais no mundo, que esse ano ocorreu em Buenos Aires, Argentina, no início de setembro. Para quem quiser mais informações sobre essa técnica de tratamento do hálito e da segurança dos pacientes, acesse www.clinicahalitus.com.br

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