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Rombo nas contas do governo deve aumentar até 2026. Veja cinco consequências negativas

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Há um aumento considerável nas expectativas de déficit para 2024, 2025 e 2026, com elevações respectivas de 7,0 p.p, 7,4 p.p e 14,8 p.p em relação às medianas dos meses anteriores.

A Secretaria de Política Econômica do Ministério da Fazenda divulgou o mais recente Relatório do Prisma Fiscal, trazendo atualizações significativas nas previsões econômicas do Brasil para os próximos anos. O relatório indica um aumento nas projeções de déficit primário do Governo Central para 2023, passando de R$ 110,1 bilhões para R$ 113,5 bilhões, um acréscimo de R$ 3,4 bilhões entre outubro e novembro deste ano.

Há um aumento considerável nas expectativas de déficit para 2024, 2025 e 2026, com elevações respectivas de 7,0 p.p, 7,4 p.p e 14,8 p.p em relação às medianas dos meses anteriores. Essas alterações nas expectativas refletem as complexidades no equilíbrio das contas públicas que o país enfrentará, ainda mais sob um governo que reconhecidamente contra medidas de equilibrio fiscal.

Veja as principais consequências potencialmente negativas que o povo brasileiro vai enfrentar nos próximos anos:

  1. Aumento da Dívida Pública: O déficit público, que é a diferença entre as receitas e despesas do governo, quando em alta, implica um aumento na dívida pública. Uma dívida crescente pode ser preocupante, pois pode levar à insustentabilidade fiscal a longo prazo.Continua após a publicidade
  2. Inflação: Os economistas liberais frequentemente argumentam que o financiamento do déficit através da emissão de moeda pode levar à inflação. Isso acontece porque o aumento da oferta monetária, sem um correspondente aumento na produção de bens e serviços, tende a diminuir o valor da moeda.Continua após a publicidade
  3. Efeito Crowding-Out (Expulsão do Investimento Privado): Quando o governo toma emprestado para financiar seu déficit, pode haver uma redução na quantidade de recursos disponíveis para empréstimos ao setor privado. Isso pode levar a taxas de juros mais altas, desencorajando investimentos privados, um fenômeno conhecido como “crowding-out”.
  4. Redução da Confiança dos Investidores: Um déficit público crescente pode diminuir a confiança dos investidores na economia. Isso pode acontecer se os investidores perceberem que o governo pode ter dificuldades em cumprir suas obrigações de dívida ou se eles esperarem aumento de impostos no futuro para pagar a dívida.
  5. Possibilidade de Austeridade Futura: A longo prazo, um alto déficit público pode exigir medidas de austeridade, como cortes nos gastos públicos ou aumentos de impostos, para reequilibrar as finanças públicas. Essas medidas podem ter efeitos adversos sobre o crescimento econômico e o bem-estar social.
  6. Desvalorização Cambial: Em alguns casos, um déficit público elevado pode levar à desvalorização da moeda nacional, especialmente em países com economias menos estáveis. Isso pode aumentar o custo das importações e contribuir para a inflação.

PIB e Dívida Bruta do Governo

A previsão para o PIB nominal de 2023 foi ajustada para R$ 10,6 trilhões, mantendo-se estável em relação à previsão anterior. Para 2024, projeta-se um PIB nominal de R$ 11,3 trilhões, sem alterações em relação à estimativa passada. Além disso, a dívida bruta do governo é esperada para alcançar 75,81% do PIB em 2023, uma leve melhora em comparação à projeção anterior de 76%, e 78,8% em 2024, abaixo dos 79% previstos anteriormente.

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