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Retorno às aulas tem gerado polêmica entre os poderes judiciário e executivo

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Prefeitura prorroga por mais sete dias a suspensão das aulas na rede pública, privada e faculdades - Arquivo

Desde que foi autorizado pelo governo do estado a retomada das aulas de escolas privadas, profissionais da educação e pais de alunos se sentem inseguros

A Justiça do Trabalho autorizou que as escolas privadas da capital podem retomar as atividades presenciais com o estudante. À medida foi possível após a justiça do Rio cassar uma liminar que proibia o retorno que preocupou o Sindicato dos Professores de Macaé, pois o impasse pode atingir a categoria na região Norte Fluminense.
Na decisão ficou determinado que não há como postergar o retorno das atividades laborais da categoria dos professores e afins, até que se tenha por erradicado o risco, sob pena de causar dano irreparável aos alunos, pais e professores.
Gerson Dudus, professor da rede particular em Macaé, afirma que o momento não é favorável e destaca que são 7 mil pessoas circulando pelo estabelecimento de ensino onde trabalha.
A autorização para o retorno gradual das aulas presenciais foi dada pelo governo do estado no mês passado, que de acordo com o decreto, as atividades nas escolas particulares poderiam ser retomadas a partir desta segunda-feira, dia 14, mas na quinta-feira passada a própria Justiça do Trabalho proibiu o retorno, mas voltou atrás da decisão.
Para os educadores, esse tipo de conflito entre o executivo e judiciário gera insegurança. Ivânia Ribeiro, vice-presidente do Sindicato dos Professores de Macaé e Região, afirma que falta fiscaliza sanitária nos estabelecimentos de ensino e principalmente ações de como deve atuar no interior das escolas entre funcionários, alunos e professores.
A justiça diz ainda que os profissionais de ensino, não são obrigados a retornar, principalmente os que estão na faixa de risco.
Márcia Corrêa de Sousa é representante de pais no Conselho Municipal de Educação e revela que as unidades de ensino não têm condições físicas de retomar as atividades no momento. “Os pais de estudantes ainda estão inseguros com o contágio da doença e caso haja o retorno das aulas, aqui no interior do estado, muitos responsáveis não vão enviar os filhos para as escolas”, disse.
O decreto 149/2020 assinado na última sexta-feira (11), pelo prefeito de Macaé, Dr. Aluizio, prorroga por mais sete dias, a contar desta segunda-feira (14), a suspensão das aulas na rede municipal de ensino pública e privada, incluindo instituições de ensino superior.

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