Início Opinião Editorial Reconhecimento

Reconhecimento

0
2408

Bastou apenas uma palavra sensata para acabar com todas as arestas que colocavam Macaé e Vitória em lados opostos, na disputa por investimentos privados nos aeroportos essenciais para a rotina econômica das cidades influenciadas pela dinâmica do petróleo.

Em poucos dias à frente da Secretaria de Aviação Civil, Ronei Saggioro Glanzman, equilibrou o jogo e manteve o interesse das duas cidades, que esperam juntas o desenrolar do leilão que será realizado no próximo dia 15 de março, em que ao menos cinco empresas internacionais se habilitaram para assumir a gestão conjunta das duas bases macaenses.

Colocados no mesmo pacote, os interesses de Macaé e de Vitória são bem distintos quanto ao resultado da concessão. Ambas capitais, uma de Estado e a outra do petróleo, as cidades representam de fato a necessidade de modernização do setor da aviação aérea nacional, que está longe de ser acessível como nos Estados Unidos, mas é eficiente quanto a qualquer outro lugar do mundo.

Na tentativa de se consolidar como Capital de Estado, Vitória busca a internacionalização do seu Aeroporto, com vistas a influenciar um outro setor econômico pujante da cidade: o turismo.
Apesar de permanecer no meio de dois grandes polos atrativos de habitantes de diversas partes do mundo, Salvador e Rio de Janeiro, Vitória ainda quer ser grande, e deixar de ser preterida nas discussões políticas nacionais.

Talvez por isso, o governo do Estado se revoltou contra o processo iniciado pelo ex-presidente Michel Temer, por acreditar que se associar a Macaé seria reduzir o tamanho da Capital. Ledo engano!

Macaé ainda é desconhecida como uma referência mundial nas operações de óleo e gás, responsável pelo produção da maior parte do Produto Interno Bruto (PIB) do Estado, capaz de atrair bilhões em investimentos a curto e médio prazos.

Também talvez por isso, Macaé ainda não é reconhecida verdadeiramente como Capital, embora o posicionamento do Secretário de Aviação Civil demonstre que, ao menos, a posição privilegiada do município será respeitada. E que isso se torne rotina, de uma vez por todas.

SEM COMENTÁRIOS