Os arranjos políticos traçados, a níveis estadual e federal, pós resultado das urnas irão ditar, de forma efetiva, quais caminhos o governo do Estado e a União irão seguir a partir de primeiro de janeiro do próximo ano.
Na onda das redes sociais, no cansaço da sociedade por atos covardes e de assalto aos cofres públicos, os eleitos representam hoje uma resposta, ao menos, criativa da sociedade contra todas as atitudes que involuntariamente deram andamento aos desdobramentos da Operação Lava Jato.
Ponderamos de imagens de “messias” ou de “justiceiros”, os eleitos enfrentam agora a dificuldade de montar governos, que não necessariamente precisam passar pelo crivo da sociedade, por surfarem na onda do popularismo pautado pelos milhares de votos, e o rompimento de sistemas políticos que há décadas conduzem o país.
E, neste caminho, até mesmo desafetos, muito bem trabalhados, acabam se tornando aliados mediante a resposta à necessidade de pacificação, depois de três meses de discursos de ódio, que marcaram o processo eleitoral.
Portanto, não será nenhuma surpresa identificar dentro da ampla, e cara, estrutura administrativa, nomes que estiveram em lados opostos nos debates e nas urnas. Algo tão comum, tanto na velha, quanto na nova política.
E esse novo caminho não será, nem um pouco ruim para Macaé que depende de ampla adesão de agentes públicos para tapar os buracos deixados pela crise de três anos.
Apesar do fortalecimento orçamentário, que volta ao patamar invejável do petróleo, Macaé ainda depende diretamente de uma relação bem mais próxima com o Estado e com a União, algo que vai muito além do que apenas uma figura política.
Avançar é preciso para a cidade, que ainda deve à população propostas concretas para o desenvolvimento econômico, a grande margem de recuperação offshore.
E se não houver uma coalização imediata, entre os que se mantêm nos mandatos, quanto aqueles que assumirão em janeiro, a hora é agora de deixar o ódio de lado, e caminhar juntos.