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Pronto Socorro pode ser interditado pelo Ministério Público Estadual

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Pronto Socorro do Parque Aeroporto apresenta sérios problemas de estrutura e pode ser interditado em até dois meses, caso a prefeitura não cumpra medidas - Arquivo 

Unidade de saúde apresenta diversas irregularidades, entre elas, falta de insumos, adequações e pendência jurídica com o Conselho Regional de Medicina do Estado

O Pronto Socorro do Parque Aeroporto está na mira do Ministério Público (MP) do Estado do Rio de Janeiro. O órgão, em parceria com o Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro (CREMERJ), identificou diversas irregularidades no Pronto Socorro do Parque Aeroporto. O Ministério Público oficiou à prefeitura que tem um prazo de 60 dias para regularizar as adequações. A medida foi solicitada após o MP constatar irregularidades na unidade de emergência como, falta de funcionários em todos os departamentos, ausência de laboratório para exames, os pacientes que necessitam de um laudo técnico precisam realizar o procedimento no Hospital Público de Macaé, o que ocasiona a demora na liberação de resultados.

Outro problema apontado pelo MP é que a unidade de saúde não tem materiais de higiene nos banheiros, não há atendimento e classificação de risco e faltam equipamentos informatizados para registro de informações dos pacientes. O ar condicionado não recebe manutenção, as lixeiras estão sem tampas e sem identificação adequada. Na ação, o MP revelou ainda que, a sala de eletrocardiograma foi improvisada. E há também falta de medicamentos .

A moradora e aposentada Madalena Matos da Costa foi à unidade buscar remédio para pressão arterial e não conseguiu. “Não é a primeira vez que volto de mãos vazias. Sempre que preciso de medicamento, nunca consigo”, destacou. A lista de irregularidade é extensa. Os equipamentos necessários ao primeiro atendimento de pacientes graves não funcionam. A sala de Raio-X precisa de adequação. Os pacientes e funcionários correm risco de contaminação por disposição errada de materiais e por radiação. Ainda de acordo com o MP, em 2015, o prefeito Aluízio Júnior, recebeu a notificação. Quatro anos se passaram e a prefeitura não realizou as manobras.

O Conselho Regional de Medicina do Rio de Janeiro também constatou irregularidades no Pronto Socorro. Segundo a CREMERJ, a situação do setor de psiquiatria é precária. Há inclusive a reutilização de materiais que deveriam ser descartados após cada uso.
O MP identificou ainda que a unidade não tem perfil assistencial de internação para pacientes psiquiátricos. A situação jurídica também está irregular junto ao conselho. Na ação, o MP estipulou um prazo de 60 dias para que o poder Executivo regularize a situação. O descumprimento das medidas pode acarretar multa e o local pode ser interditado.

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