Em coletiva de imprensa nesta segunda-feira (25), prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, destaca a importância da urgência em procurar por assistência médica em casos de sintomas como febre, tosse seca e falta de ar, de três a cinco dias
“Tudo o que a gente precisa fazer hoje para assistir melhor a pessoa com coronavírus é evitar a fase aguda da doença, levando o paciente para assistência médica antes do momento da gravidade. Essa pessoa não deve e não precisa ficar em casa doente”, pontuou o prefeito de Macaé, Dr. Aluízio, em coletiva de imprensa realizada na manhã desta segunda-feira (25).
Segundo o prefeito, inicialmente a recomendação do Ministério da Saúde e da Organização Mundial da Saúde (OMS) era ficar em casa e se deslocar aos hospitais somente em estágio de gravidade, mas, hoje efetivamente, é preciso correr antes para evitar a fase inflamatória essencialmente da COVID-19.
“Não fique em casa se portar de três a cinco dias de febre. Não precisa ser febre alta, acima de 36,8 já se deve procurar por assistência médica para evitar situações mais críticas. Em casos de tosse, febre e outras sintomatologias, vá até o Centro de Triagem, situado no antigo Posto de Saúde Dr. Jorge Caldas para ser orientado”.
De acordo com Dr. Aluízio, a pessoa que é COVID positivo e não tem condições de ficar em casa em isolamento social, poderá se acomodar muito bem no Hotel de Deus. A cidade mantém taxa de ocupação de leitos do Centro de Terapia Intensiva (CTI) em 47%, com 21 pessoas internadas e, podendo ampliar sua estrutura de 44 leitos, até 50, caso seja necessário.
“O fato novo neste final de semana foi o número de óbitos na cidade. Encerramos a sexta-feira (22) com 21 mortes e acordamos nesta segunda-feira (25) com 25, daí a volatilidade do tema, para que a gente tenha essa percepção. A paciente mais jovem possuía 59 anos e, os demais, idosos, portadores de comorbidades”.
O prefeito pontuou que já esteve nesta manhã nas unidades de saúde da cidade, como no Hospital Público de Macaé (HPM), Pronto Socorro Municipal, Pronto Socorro do Parque Aeroporto, Upa do Lagomar e, apesar do número de óbitos, o sistema de saúde do município amanhece minimamente organizado nesta segunda-feira, com uma taxa de ocupação segura para todos nós.
Em seguida, Dr. Aluízio informou que, em reunião com a Associação Comercial e Industrial de Macaé (ACIM) e com a Câmara de Dirigentes Lojistas (CDL), para definir quais tipos de abordagens iniciarão com esta nova fase, tentando adequar as atividades a uma realidade sanitária e, lembrou ainda, sobre a reunião que acontecerá nesta quarta-feira, às 14h, com o Ministério Público, onde um plano será apresentado mediante à flexibilização da reabertura de alguns comércios.
Durante a coletiva o prefeito também salientou os cuidados que se deve ter com a chegada do inverno, visto ser um período com alto índice de infecções inflamatórias e queda da imunidade, fatores propícios que facilitam a infecção do coronavírus.
“Iniciamos de uns 5 dias para cá um período de baixa temperatura. Essa queda facilita literalmente a doença respiratória, sobretudo, nas pessoas idosas. É preciso ficar extremamente preocupado com os idosos. Os adultos precisam se precaver e se responsabilizar pelos pais e mães. Neste sentido, começará uma ação nos asilos de Macaé, fazendo os testes epidemiológicos nos idosos a fim de coibir o contágio entre os asilados”, ressalta.
Num outro momento Dr. Aluízio frisou ainda que, mesmo depois do 6º mês do surgimento da doença não há ainda tratamento específico e estratégias efetivas para a cura dessa doença, e que o isolamento social continua sendo a medida mais eficaz no enfrentamento e combate à propagação do vírus. “Evitar a morte agora é e sempre será o grande foco desse processo”, afirmou.
O prefeito destacou os trabalhos dos profissionais de saúde do município frente à pandemia e disse ser uma equipe diferenciada. “Temos uma equipe extremamente experiente e responsável em Macaé, o que me deixa confiante. Temos um contingente muito bom de servidores altamente qualificados”, disse.
Por fim, Dr. Aluízio declarou que o retorno às aulas nas redes pública e privada serão as últimas questões a serem resolvidas, devido ao número de alunos, sendo aproximadamente cem mil. E quanto as barreiras sanitárias, apesar da morosidade dos serviços, o prefeito constatou “a barreira é necessária porque nos protegeu até aqui. 220 mil pessoas passaram pelas barreiras e oito mil voltaram para suas casas. É uma ação de campo importante na cidade”.