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Política do petróleo

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Qual a relação direta entre o volume de royalties gerados aos cofres das cidades produtoras de petróleo, e o fortalecimento do mercado de trabalho das cidades envolvidas na dinâmica de exploração e de produção das reservas situadas na Bacia de Campos?

De forma efetiva, Macaé e Rio das Ostras são as cidades que participam de forma direta na composição de parques industriais, compostos por empresas que dão base às estratégias de investimentos das grandes operadoras de óleo e gás, em especial a Petrobras.

Através das linhas imaginárias caracterizadas como ortogonais, todos os municípios limítrofes ao litoral fluminense, passaram a ter direito as compensações derivadas da produção das reservas da Bacia de Campos. Fatiados, os poços tornaram-se sinônimo de prosperidade para administrações públicas que não conhecem de fato o poder do ouro negro brasileiro.

É possível notar quais são os municípios, que muito além da inércia e da deficiência das gestões públicas, são diretamente afetados pela dinâmica offshore. Afinal de contas, poucas foram as cidades que viram o número de habitantes dobrar em 10 anos, que se tornaram referência mundial em instalação de bases operacionais de empresas multinacionais, e que acabaram gerando também a cobiça de outras regiões do país.

Muito mais que uma pauta política produzida por uma organização política e administrativa, o petróleo merece sim ser a pauta dos discursos sobre o desenvolvimento econômico, não apenas de Macaé e de Rio das Ostras, mas todas as cidades beneficiadas pela Bacia de Campos.

Mas não restam dúvidas de que são poucos os gestores capazes de compreender a importância do petróleo como matriz energética global, e que sua produção depende de fatores que vão muito além dos volumes de compensações geradas por legislação federal.

O petróleo é, sem sombra de dúvidas, o combustível para o progresso e o desenvolvimento, não apenas do Norte Fluminense, mas sim para o Estado. E por conta desse potencial regional, é que os debates que envolvem o futuro do mercado precisam ser amplos, não apenas baseados em rixas políticas que possuem efeitos tão nocivos quanto a crise que todas as cidades do país tentam atravessar.

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