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Poder aquisitivo

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Mais que o volume de oportunidades de trabalho disponíveis no mercado local, a média salarial da população que ainda vive um ciclo de expectativas quanto a retomada da economia nacional, também é um fator importante para se avaliar o grau de “riqueza” que ostenta a cidade ainda reconhecida como a Capital Nacional do Petróleo.

Com média de 6,6 salários mínimos (R$ 937), a população macaense segue como a que concentra o maior poder aquisitivo dentre todas as cidades influenciadas pela dinâmica das operações offshore registradas na Bacia de Campos.

Apesar do fechamento de mais de 30 mil postos de trabalho em três anos, Macaé ostenta um quadro profissional de alta capacidade, o que é fundamental para a extração de óleo bruto e para outras operações que começam a ser realizadas pela principal operadora de petróleo nacional: a Petrobras.

Em franco processo de desmobilização de poços em produção há mais de três décadas, a estatal firma contratos com empresas que pertencem a base da cadeia produtiva de óleo e gás. E isso representa a recontratação de mão de obra, afetada pela recessão dos negócios no país.

Por conta disso, o mercado de trabalho local vive um novo fôlego de oportunidades que representam um novo caminho a ser trilhado pelo petróleo na Bacia de Campos, um processo que depende diretamente na expertise adquirida pela cadeia offshore local em quase quatro décadas de exploração e de produção.

E, por conta desse perfil diferenciado do município, a mão de obra da cidade ainda é uma das referências de como o petróleo, mesmo em crise, é capaz de produzir riquezas, de mudar vidas e de garantir oportunidades que colocam Macaé em evidência.

Com média que supera todas as cidades da região, ocupando a terceira posição no país, a média salarial local representa também os esforços que a própria sociedade manteve em quatro décadas de oscilações de um mercado que ainda tem potencial de alavancar o progresso do município, deixando de lado todos os superlativos que hoje demonstram como os excessos podem barrar o desenvolvimento, não apenas de uma cidade, mas também de uma nação.

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