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Petróleo inclusivo

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Catorze pessoas com deficiência foram preparadas para o trabalho em plataformas offshore após passarem por uma semana de estágio em protocolos de salvatagem e escape em helicóptero (chamados HUET e CBSP), com aprovação pela Marinha brasileira. As provas incluíam situações como apagar foco de incêndio, e abandono de instalações offshore, com pulo de plataforma de 3 metros de altura. Com a certificação, todos podem trabalhar em unidades de risco 4, a mais alta das classificações em situação de trabalho, entre elas, áreas offshore.

Durante o curso, foi gravado um documentário registrando todas as etapas do treinamento e dos testes. O vídeo [assim vencemos] tem o apoio da ABESPetro (Associação Brasileira das Empresas de Serviços de Petróleo) e será lançado no próximo dia 21 de setembro, como parte das celebrações da associação e do Ministério Público do Trabalho do Rio de Janeiro, em homenagem ao Dia Nacional de Luta das Pessoas com Deficiência. Haverá legendas em português, inglês, espanhol e libras no documentário que depois ficará disponível na plataforma YouTube.

Dados do Observatório da Diversidade e da Igualdade de Oportunidades no Trabalho, ligado ao Ministério Público do Trabalho, mostram que apenas 1,1% das pessoas com deficiência têm emprego fixo no Brasil. Após a certificação, duas pessoas já estão contratadas por empresas de petróleo.

“É importante todas as empresas assimilarem essas capacidades e integrá-las à força de trabalho. Precisamos melhorar a inclusão no Brasil. E, apesar dos testes dificílimos, todos os 14 conquistaram as suas aprovações sem qualquer beneficiamento. Ultrapassaram barreiras que muitas pessoas não PCDs não conseguem. Por isso decidimos editar o documentário [assim vencemos], que é uma forma de incentivar outras empresas, do setor e fora dele, a contratá-los.”, explicou Telmo Ghiorzi, secretário-executivo da ABESPetro.

Entre os testados havia pessoas autista, com doença autoimune, cujos  efeitos são dores no copo após esforço físico e perda de um dos membros.

“Se eu consegui virar uma balsa, agora consigo tudo”, afirmou Rillary Rebeca de Andrade Luiz Ribeiro em entrevista no documentário.

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