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Petrobras e chinesa CNPC avançam em acordo para retomar Comperj

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A Petrobras assinou hoje (16) acordo com a China National Oil and Gas Exploration and Development Company (CNODC), subsidiária da China National Petroleum Corporation (CNPC), para conclusão das obras da refinaria do Complexo Petroquímico do Estado do Rio de Janeiro (Comperj) e investimentos no cluster de Marlim, na Bacia de Campos. A parceria, anunciada em julho, inclui prevê o desenvolvimento de estudos de viabilidade técnica do estado atual do Comperj e avaliação econômica.

Segundo a Petrobras, depois avaliados custos e benefícios do negócio, a intenção é formar uma joint venture, que será responsável pela conclusão do projeto e operação da refinaria, com 80% de participação da Petrobras e 20% da CNPC.

Há previsão de criação de uma joint venture também no segmento de exploração e produção da refinaria, com 20% de participação da empresa chinesa no cluster (do inglês, grupo, agrupamento) de Marlim, que integra as concessões de Marlim, Voador, Marlim Sul e Marlim Leste, na Bacia de Campos. A Petrobras fica com 80% de participação a Petrobras se mantém como operadora.

A estatal informou que o petróleo pesado produzido no cluster de Marlim tem características adequadas à refinaria do Comperj, projetada para processar este tipo de óleo, com alta conversão. Para a petroleira brasileira, o acordo é um passo importante no desenvolvimento da Parceria Estratégica entre as companhias.

Segundo a Petrobras, a implementação vai depender da conclusão dos estudos de viabilidade e, consequentemente, da decisão de investimento pelas partes no Comperj e do sucesso das negociações dos acordos finais.

Para o presidente da empresa, Ivan Monteiro, o acerto representa avanço na conclusão da refinaria do Comperj. “Com a assinatura do Acordo Integrado, avançamos significativamente na parceria estratégica com a CNPC para concluir a refinaria do Comperj e implementar um projeto consistente para revitalização do campo de Marlim”, disse.

Parcerias

As duas empresas já são parceiras na área de Libra desde 2013, no pré-sal da Bacia de Santos, no primeiro contrato pelo regime de partilha de produção. Quatro anos depois, o consórcio formado pelas empresas, tendo a Petrobras como operadora, com 40% de participação, a CNPC com 20% e a BP com 40%, adquiriu o bloco de Peroba, um dos mais disputados do leilão promovido pela Agência Nacional do Petróleo, Gás Natural e Biocombustíveis (ANP).

Segundo a Petrobras, a parceria estratégica vai fortalecer os laços entre as empresas e contribuirá para o reforço da parceria estratégica global entre Brasil e China, países membros do BRICS, grupo composto por Brasil, Rússia, Índia e África do Sul.

A companhia destacou ainda que a parceria está inserida em um programa mais amplo para revitalização do parque de refino e logística do Leste. Já no segmento de exploração e produção, o foco é a otimização do projeto de revitalização do campo de Marlim e projetos para os campos de Marlim Sul e Marlim Leste. A ideia é melhorar os resultados desses campos maduros.

Atualmente são produzidos cerca de 2,7 milhões de barris de óleo equivalente por dia, operando uma capacidade de refino de cerca de 2,3 milhões de barris por dia, segundo a Petrobras.

A CNPC é uma empresa internacional integrada de energia, com negócios em exploração, produção e desenvolvimento de petróleo; refino e produtos químicos, redes de dutos; marketing; comércio internacional; serviços petrolíferos; engenharia e construção; fabricação de equipamentos petrolíferos e serviços financeiros.

A produção da chinesa está em torno de 3,3 milhões de barris de óleo equivalente por dia e uma operação com capacidade de processamento de mais de 3 milhões de barris por dia. A CNPC desenvolve 91 projetos de petróleo e gás em 35 países e está presente em mais de 70 países.

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