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Pesquisa internacional analisa praias macaenses e seus crustáceos

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Objetivo é promover monitoramento de espécies bioindicadoras

Uma pesquisa internacional está sendo feita nas areias das praias do litoral macaense. Este trabalho de campo, iniciado nos primeiros meses de 2018, intitula-se “Macrofauna de praias arenosas de Macaé”. Para o pesquisador à frente desses estudos, o professor de Biologia, Carlos Alberto de Moura Barboza, do Instituto de Biodiversidade e Sustentabilidade (antigo Nupem), da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ), o objetivo da ação é promover monitoramento de espécies bioindicadoras. A principal delas é o caranguejo branco, popularmente conhecido como ‘Maria fumaça’, cujo nome científico é Ocypode Quadrata.

Segundo o pesquisador, essa espécie habita a parte superior da faixa de areia das praias. Sua existência é influenciada por mudanças ambientais como ressacas, as quais tendem a aumentar a quantidade com o aquecimento global. “As ressacas modificam o perfil das praias. A existência destas espécies também é afetada pela urbanização das praias, como exemplo, ele cita a Praia dos Cavaleiros.

Sobre o movimento anormal das ondas do mar sobre si mesmas na área de rebentação, causada por rápidas e violentas mudanças climáticas (a ressaca), o professor Carlos ressaltou que isto muda o perfil das praias. “Nossa pesquisa mostra que nos Cavaleiros há menor densidade de indivíduos (Maria Fumaça) quando comparado às praias do Pecado e do Barreto”, comenta ele.

A importância da pesquisa Macrofauna de Praias Arenosas de Macaé é que ela propõe indicadores de mudanças climáticas de origem antrópica (do homem) para as praias do município. “Com o aquecimento global haverá mais ressacas. Isso implica na morfodinâmica da praia com modificações na distribuição dessas espécies, uma vez que o perfil praial e o tamanho do grão de areia também influenciam na distribuição desses indivíduos”, conta o professor.

Pesquisa Internacional

A pesquisa internacional, mostra Macaé como um ponto de monitoramento da espécie, numa rede de pesquisas que envolvem inúmeras instituições de ensino superior das Américas do Sul e do Norte, além do Caribe. Estes pesquisadores e estudiosos realizam monitoramento sobre as mudanças na biodiversidade. De acordo com o professor Carlos, pesquisadores de 16 países fazem o mesmo protocolo em suas nações para compararem os resultados com metodologia em larga escala espacial e temporal.

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