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O que fazer?

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Não foi esta a primeira e, também, não será a última vez que o município atingido por fortes chuvas, viveu momentos de tormenta, desde a região serrana até a zona urbana da cidade, provocando um enorme alagamento e prejudicando seriamente a população que, mesmo fazendo apelos pelas redes sociais, não teve respostas e até agora, a administração se mostra incapaz de recuperar parte dos estragos ocorridos.

Pontes destruídas, estradas de acesso a algumas localidades danificadas deixando moradores ilhados, a cidade de norte a sul e de leste a oeste parecendo um mar de lama, moradores e comerciantes de bairros periféricos com enormes prejuízos por terem sido atingidos pelo alagamento, as linhas de transporte urbano (SIT), paralisadas por causa das enchentes, agentes da Mobilidade Urbana sendo obrigados a interditar várias ruas e, depois que o temporal passou, o sistema de drenagem não foi suficiente e capaz de escoar a água por absoluta falta de um plano A ou B, para lidar com esse tipo de situação, que por muito tempo vai continuar a acontecer.

Montado pelo prefeito um “gabinete de crise” (?), e passados muitos dias com sol intenso, os milhares de buracos que apareceram ainda incomodam os motoristas e não foram cobertos por camada de asfalto, como se não existisse esta emergência. A abertura do canal extravasor, construído no final da década de 70 e há algum tempo sem merecer atenção, seguida da abertura criminosa da barra da Lagoa de Imboassica constituindo-se num dos maiores crimes ambientais, provocando a morte de grande quantidade de peixes, caso que poderia ser investigado pelo Ministério Público, mostrou que aquele belo espelho d´água, esvaziado para impedir que a RJ-106 também sofresse mais com a erosão, está completamente poluído e é hoje o triste retrato da incompetência administrativa, apesar de o planejamento do projeto Águas Limpas orçado inicialmente ao custo de R$ 277 milhões mas teve os valores elevados com os aditivos feitos pela parceria Odebrechet/Zadar que pode ter chegado aos R$ 400 milhões, segundo fonte confiável. É triste e desolador o quadro. Resta saber se o Poder Legislativo e o Ministério Público vão agir para responsabilizar os possíveis culpados.

Como mudar?

Passado a nível nacional o processo de escolha para a representação parlamentar, governadores estaduais e Presidente da República, os eleitores demonstraram que desejam mudanças quase radicais em algumas situações com reformas, principalmente, política, econômica, social, previdenciária, e tantas outras para retomar o que os brasileiros viam se distanciar. O respeito, a moralidade, a credibilidade, a previsibilidade, e tantas outras ações para que o país, os estados e os municípios, possam encontrar o caminho da austeridade e deixar o povo, pelo menos, com um pouco de esperança, que é a última que morre segundo dito popular. Agora, as atenções voltaram-se para as eleições municipais que ocorrerão em 2020, e em Macaé, principalmente, igual a Diógenes de Sínope, com um lampião, procura-se um agente que possa retratar Platão: “Você tem todo o direito de não gostar de política, mas sua vida terá influência e será governada por aqueles que gostam. Portanto, o castigo dos bons que não fazem política é ser governado pelos maus que a fazem”.

Como as redes sociais são canais para espalhar rapidamente informações falsas ou verdadeiras, caberá aos eleitores saber distinguir o que é ou não Fake News, e para quem exerce o poder, o risco é sempre maior, como ocorreu durante as últimas chuvas, quando Memes divulgaram imagens do chefe do Executivo e outros políticos em situações constrangedoras sendo viralizadas pela internet. Todo cuidado é pouco e são muitos os políticos que vão tentar se viabilizar para o pleito que, desta vez, não terá coligação partidária, o que vai exigir mais rigor na escolha de pré-candidados. Só não podem, com certeza, embarcar mais no slogan de “mudanças” porque as promessas foram vãs, não mudou nada, e o município continua em completo estado de abandono, sem água, sem esgoto, sem saúde, educação, transporte, degradação do meio ambiente, e o povo pagando nas contas de energia a iluminação pública que é mais do que deficiente de norte a sul e de leste a oeste. A corrida já começou…

PONTADAS

Acompanhando o desenrolar das atividades políticas em Brasília, o Senador Renan Calheiros (MDB), que foi presidente do Senado, é réu em várias ações, aliou-se ao PT para se reeleger em Alagoas junto com o filho governador. Agora, já desfila como pretendente ao cargo outra vez, aliando-se ao PT e PSDB. Como se os eleitores não estivessem de olho na nova composição política para um novo governo.

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Em Macaé, procurando sempre uma fake, o prefeito envia ao Poder Legislativo projeto denominado de Avança Macaé. Quem já leu e quem acompanha, observa que tem mais fake do que outra coisa. Com certeza, quer imitar Michel Temer (MDB), que a nível nacional lançou o projeto Avança Brasil. Só que, nem de um lado nem de outro, vai haver resultados positivos. É só conversa para boi dormir.

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Quem passou por situações desesperadas com a chuva intensa na última semana, pode se preparar porque a previsão do tempo é de mais tempestades pela frente. E nem houve tempo de recuperar a cidade que não conta com galerias de águas pluviais e drenagem com capacidade para minimizar a situação. Até as bombas próximas do Rio Macaé “desapareceram”, o que é muito reclamado pelos moradores dos bairros Visconde e Miramar, principalmente.

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Até domingo.

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