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Morre Luiz Felipe Pereira da Cunha, advogado que defendia presos do 8/1

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Ele havia denunciado à OEA abusos contra condenados

O advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha, de 56 anos, morreu na tarde desta segunda-feira (8) em Brasília, vítima de um infarto fulminante. Ele ficou conhecido por sua atuação em processos ligados ao 8 de janeiro, defendendo réus condenados pelo Supremo Tribunal Federal.

Entre seus casos mais notórios está o da aposentada Adalgiza Maria Dourado, sentenciada a 16 anos de prisão. Em maio, após denúncia apresentada por Cunha à Organização dos Estados Americanos (OEA), ela conseguiu prisão domiciliar concedida pelo ministro Alexandre de Moraes, que levou em conta sua idade e problemas de saúde.

Cunha também representava Claudinei Pego da Silva, outro condenado pelos atos de 8 de janeiro. Em petição à OEA, o advogado denunciou que o cliente desenvolveu transtorno psíquico grave na prisão, perdeu mais de 40 quilos e já havia tentado suicídio três vezes.

A Ordem dos Advogados do Brasil no Distrito Federal lamentou a morte. “As diretorias da seccional do Distrito Federal da Ordem dos Advogados do Brasil (OAB/DF) e da Caixa de Assistência dos Advogados do Distrito Federal (CAADF) lamentam o falecimento do advogado Luiz Felipe Pereira da Cunha”, diz a nota.

“Neste momento difícil e delicado, a OAB/DF e a CAADF se solidarizam e desejam força, coragem e muita união aos familiares e amigos.”

Com a morte repentina, a defesa de réus do 8 de janeiro perde um dos nomes mais ativos na contestação das decisões do STF e na tentativa de levar os casos à esfera internacional.

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