O Presidente Aldo Mussi anuncia a visita guiada ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que pode ser apreciada pelas redes sociais e pelo site www.theatromunicipal.rj.gov.br/
Novidade marca uma nova jornada no Theatro Municipal do Rio de Janeiro. Em tempos de pandemia e isolamento social, o Presidente Aldo Mussi abre as portas daquele belo espaço de arte ao público de forma virtual. Trata-se do Tour Virtual gratuito, que está disponível à população, desde o dia 1º de junho, através de uma visita guiada ao Theatro Municipal do Rio de Janeiro, que pode ser apreciada pelas redes sociais e pelo site www.theatromunicipal.rj.gov.br/.
Basta clicar e o público terá acesso ao tour virtual, feito especialmente para mostrar ao público uma parte da história do Municipal. O vídeo é uma parceria entre a Coordenação de Projetos Especiais do Theatro e a Secretaria de Estado de Cultura e Economia Criativa do RJ.
Muito procurada, a visita guiada presencial conta com 600 pessoas por semana, entre brasileiros e estrangeiros, inclusive com sessões em outros idiomas, como inglês e espanhol. Agora, durante a pandemia, é possível conhecer o Theatro e um pouco da sua história, de qualquer lugar do mundo. Basta acessar o conteúdo e se divertir, sem sair de casa.
O documento temi Imagens resgistradas por Fred Pontes Sececrj; Editor e Design de Gabriel Lima; com Jairo Negrellos como Diretor de Arte; e Músicas a cargo de Doug Maxwell/Media Right Productions e Beethoven, Symphony nº 9, 2nd movement.
Theatro Municipal do Rio de Janeiro
Um dos mais imponentes e belos prédios do Rio de Janeiro, o Theatro Municipal foi inaugurado em 14 de julho de 1909, sendo considerado a principal casa de espetáculos do Brasil e uma das mais importantes da América do Sul. Sua história mistura-se com a trajetória da cultura do País. Ao longo de pouco mais de um século de existência, o Theatro tem recebido os maiores artistas internacionais, assim como os principais nomes brasileiros, da dança, da música e da ópera.
A ideia de um teatro nacional com uma companhia artística estatal já existia desde meados do século XIX e teve em João Caetano (1808-1863), entusiasta do teatro brasileiro, além de empresário e ator de grande mérito, um de seus mais contundentes apoiadores. O projeto, no entanto, só começou a ganhar consistência no final daquele século, com o empenho do nosso ilustre dramaturgo Arthur Azevedo (1855-1908). A luta incansável de Azevedo foi travada nas páginas dos jornais e acabou por trazer resultados. Lamentavelmente, no entanto, ele não viveu o suficiente para ver seu sonho concretizado, morrendo nove meses antes da data da inauguração.
O Prefeito Pereira Passos – cuja reforma urbana iniciada em 1902 mudou radicalmente o aspecto do Centro do Rio de Janeiro – retomou a ideia e, em 15 de outubro de 1903, abriu uma concorrência pública para a escolha do projeto arquitetônico. Encerrado o prazo de inscrições, em março de 1904, foram recebidas sete propostas. Os dois primeiros colocados ficaram empatados: o projeto denominado Aquilla, em que o autor “secreto” seria o engenheiro Francisco de Oliveira Passos, filho do prefeito, e o projeto Isadora, do arquiteto francês Albert Guilbert, vice-presidente da Associação dos Arquitetos Franceses.
O resultado do concurso causou uma forte polêmica na Câmara Municipal, acompanhada pelos principais jornais da época, em torno da verdadeira autoria do projeto Aquila, suspeito de ter sido elaborado pela seção de arquitetura da Prefeitura, e do suposto favoritismo de Oliveira Passos.
O projeto final foi o resultado da fusão dos dois premiados, uma vez que ambos correspondiam a uma mesma tipologia, inspirada na Ópera de Paris. Após as alterações, o prédio começou a ser erguido em 2 de janeiro de 1905, com a colocação da primeira das 1.180 estacas de madeira de lei sobre as quais está assentado. Em 20 de maio daquele ano foi disposta a pedra fundamental.
Para participar da decoração, foram convocados alguns dos mais ilustres e consagrados artistas da época, como Eliseu Visconti, Rodolfo Amoedo e os irmãos Bernardelli. Também foram recrutados artesãos europeus para a criação dos vitrais e mosaicos. As obras começaram em ritmo acelerado, com 280 operários revezando-se em dois turnos. Em pouco mais de um ano, já era possível visualizar a suntuosidade aliada à elegância e beleza da construção do futuro teatro.
O Theatro Municipal do Rio de Janeiro, com capacidade para 1.739 espectadores, foi inaugurado pelo Presidente Nilo Peçanha e pelo Prefeito Sousa Aguiar no dia 14 de julho de 1909, quatro anos e meio após o início das obras.
No início, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro recebia, principalmente, companhias de ópera e dança vindas em sua maioria da Itália e da França. A partir da década de 30, passa a contar com seus próprios corpos artísticos: Orquestra Sinfônica, Coro e Ballet, que permanecem até hoje responsáveis pela realização das temporadas artísticas oficiais.
Desde sua inauguração, o Theatro Municipal do Rio de Janeiro teve quatro grandes reformas: 1934, 1975, 1996 e 2008. A primeira delas aumentou a capacidade da sala para 2.205 lugares e, apesar da complexidade da obra, foi realizada em três meses – atualmente, o Theatro conta com 2.252 lugares. Em 1975, foram realizadas obras de restauração e modernização e, no mesmo ano, foi criada a Central Técnica de Produção. Em 1996, iniciou-se a construção do edifício Anexo com salas de ensaios para o Coro, Orquestra Sinfônica e Ballet. A reforma iniciada em 2008 e concluída em 2010 concentrou-se na restauração e modernização das instalações.
Aldo Mussi Lopes Teixeira
Como empresário, tornou-se diretor da Rádio 95 FM Macaé. Exerceu a diretoria de marketing da TurisRio e foi subsecretário de Estado de Cultura do Rio de Janeiro antes de tornar-se vice-presidente da Fundação Teatro Municipal, função que acumulou com a presidência interina do dia 1º de janeiro de 2019 até o dia 1º de fevereiro, quando foi efetivado como presidente da FTM. Nesse período, Mussi também ocupou o cargo de diretor-geral da Sala Cecília Meireles até 16 de setembro de 2019.
Bacharel em Artes pela Universidade do Rio de Janeiro (UniRio), apaixonado por música erudita e ópera, Aldo igualmente direcionou sua vocação artística para incentivar a atividade cinematográfica fluminense. Foi fundador do Festival de Cinema de Búzios e diretor do Centro Cultural Rio Cine e do Rio Cine Festival. Colaborou, como consultor, na implantação do Centro Cultural Cesgranrio, que desde 2013 concede um dos mais importantes prêmios teatrais do país. Em sua bagagem internacional estão a coordenação da mostra de cinema “It’s time for Brazil”, em Nova York, evento realizado pela Embratur; da mostra de filmes brasileiros nos festivais internacionais de Dresden e Leipzig, na Alemanha; e a realização da I Mostra Mercosul de Dança.