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Macaé sem rumo?

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Foto Divulgação/ Rui Porto Filho / Prefeitura de Macaé

Os “donos” dos partidos, ou seja, aqueles que têm capacidade de convencer, não se sabe por qual meios ou modos, o dirigente regional ou nacional para comandar uma sigla partidária, continuam com as mesmas maneiras do coronelismo, não deixando opção para a sociedade escolher seu representante para a Câmara dos Vereadores ou para a prefeitura. Desde o momento em que a legislação permitiu aos partidos quase se tornarem empresas, abriram-se muitas as brechas para cada um por si, fazer o que bem entende, com o objetivo maior de chegar ao poder.

Com a caneta na mão, torna-se o todo poderoso e se não for uma pessoa experiente e capaz de respeitar a vontade do povo, começa a mudar o rumo de uma administração que, desde há alguns anos, deixou de ser planejada, sem práticas de políticas públicas, e apenas virando o leme do barco para o destino que bem entender e, alguns mais ousados, ainda, abusam da Justiça e parecem não ligar muito para as consequências futuras. Quando em 2008 primeiro e, depois, em 2012, Dr. Aluízio prometeu um governo de mudanças, criou uma enorme expectativa e recebeu o apoio necessário para fazer valer a sua promessa.

Só que, o tempo passou, e ele mostrou as garras para todos os que o cercavam, dominando o poder como um tirano. Ninguém, mas ninguém, que desde a primeira hora, acredita no que está vendo. Uma cidade rica, mas relegada ao abandono, a ponto de alguns políticos chegarem a afirmar que Macaé está dividida em duas partes, tendo a ponte como divisa. Não fosse a pandemia do coronavirus, a história poderia ser outra. Mas a pandemia é que está mostrando que Macaé está sem rumo.

Hora da campanha

Passados os últimos quatro anos da gestão de Dr. Aluízio que, segundo a voz das ruas, conseguiu fazer pior do que seu antecessor, Riverton Mussi, prometendo as mudanças que nunca aconteceram, a reclamação de todos que procuram saber o que acontece, esbarra apenas numa questão: por que a administração pública não funciona? Por que a burocracia passou a ser maior, emperrando a máquina? Todos sabem que ele “governou” sozinho. Nem as benesses do cargo foram muito aproveitadas por ele considerando que até o motorista foi dispensado.

O secretário de qualquer pasta, ou qualquer subordinado, durante os oito anos de gestão somados, jamais teve autonomia para decidir sobre qualquer ação legal. Quem o fazia, foi espinafrado e isso se deu até com os “melhores amigos” que preferiam deixar o barco do que afundar junto. Mas a hora da campanha chegou após as convenções que acabaram homologando nove candidatos para disputar o cargo de prefeito. Estamos a poucos dias do prazo de registro das candidaturas e do período de impugnações que deverá dar dor de cabeça para alguns deles porque, qual deles não tem desafeto?

Mas já começaram a circular pela internet, e está crescendo, uma série de denúncias do mal governo tendo como principal vítima os servidores públicos que durante toda a gestão não tiveram os reajustes concedidos e, com certeza, deverão escolher um outro que compreenda a situação e possa, pelo menos, conceder algum benefício para recuperar a estima. Não são poucas as denúncias contra o prefeito que apesar de anunciar que só o emprego salvaria a população da crise, continua optando em barrar os projetos importantes para tirar Macaé do caos, como a licença para construção da Termelétrica Marlim Azul. Desde o ano passado, paralisou a obra de construção da estrada Santa Teresa para ligar ao anel viário da transportuária. Mas, para o prefeito, está tudo ótimo. Só não está ótimo para a população que depende do transporte público regular e de obras de infraestrutura que foram definitivamente esquecidas. Agora, o jeito vai ser aguentar as pancadas que virão por aí.

 

PONTADAS

Apesar de contar com muitos filiados em Macaé, o Partido Novo não lançou nenhum candidato a vereador e a prefeito porque nenhum dos postulantes conseguiu passar no crivo do diretório nacional e estadual. A decisão do comando foi a de se manter distante da disputa, até que os personagens se encaixem nos critérios do partido que veio para fazer a diferença e muitos torciam ou torcem para isso.

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Vejam como andam as coisas políticas nesse nosso imenso Brasil. Aqui em Macaé, o prefeito Riverton Mussi (PDT), na lista de inelegíveis, decidiu disputar o cargo de prefeito, tendo como vice o médico Luiz da Penha. No Rio de Janeiro, mesmo presa preventivamente (sem prazo para sair) desde o dia 11 deste mês, a ex-deputada Cristiane Brasil (PTB), conseguiu pedir o registro da candidatura. Pode?

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A Comissão Processante do Impeachment do governador Wilson Witzel, presidida pelo deputado estadual Chico Machado (PSD), aprovou por 24 votos (unânime), o relatório que agora será votado em plenário, para o afastamento definitivo. Pelos corredores da Assembleia Legislativa, corre a boca pequena que, se houver eleição indireta, Chico Machado corre o forte risco de ser a bola da vez, e ser indicado para governar o Estado.

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Até domingo

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